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Petróleo caro e isolamento da Rússia aceleram a busca por fontes alternativas de energia – Edição da Manhã

O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (26/03) uma reportagem abordando os rumos do setor de energia global, em decorrência da guerra na Ucrânia. De acordo com a reportagem, a elevada dependência da Europa pela energia russa será o combustível para o mundo acelerar a transição energética nos próximos anos.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, algumas medidas já apontam para mudanças significativas na geopolítica energética do mundo, a exemplo da parceria anunciada ontem (25/03) entre Estados Unidos e União Europeia. O plano é exportar gás natural liquefeito (GNL) americano para suprir a demanda europeia e reduzir as compras da Rússia.

A reportagem ressalta que, segundo especialistas, conflitos como o atual têm potencial para provocar grandes transformações na sociedade. Mas, desta vez, o movimento será mais complexo. Ao mesmo tempo que vários países já começam a acelerar novas tecnologias para substituir o petróleo e cumprir as metas de descarbonização, eles também estão recorrendo a fontes tradicionais, demonizadas no passado, como o carvão. Há também iniciativas para postergar o desligamento de unidades nucleares. No curto prazo, a ordem é garantir a segurança energética da população.

‘Hidrogênio como produto de exportação ficou mais concreto’, diz especialista

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Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o diretor-presidente da consultoria especializada em energia PSR, Luiz Augusto Barroso, acredita que a guerra entre Rússia e Ucrânia vai acelerar o desenvolvimento de tecnologias para substituir o uso do gás natural. E uma de suas principais apostas é o hidrogênio verde. Mas ele também acredita que uma das mudanças para a transição energética resultante da guerra será a maior aceitação da energia nuclear.

Acordo de gás entre EUA e Europa vai encarecer energia no Brasil, preveem analistas

O acordo dos Estados Unidos com a União Europeia vai manter os preços do GNL (gás liquefeito, em estado líquido) em alta pelos próximos anos e pode impactar o preço da energia elétrica no Brasil, de acordo com consultorias ouvidas pela reportagem do jornal O Globo.

Isso porque o Brasil importa GNL dos EUA e usa esse gás como combustível para as usinas termelétricas. A projeção de especialistas do setor é que o valor do GNL se mantenha no atual patamar, na faixa dos US$ 20 por milhão de BTU até pelo menos 2028. É o dobro da média do primeiro semestre de 2021. Em janeiro deste ano, o preço chegou a US$ 30 por milhão de BTU — e no começo da guerra da Ucrânia marcou US$ 65 por milhão de BTU.

Ontem, os EUA se comprometeram a fornecer ao menos 15 milhões de metros cúbicos de gás até o fim de ano para a União Europeia como forma de reduzir a dependência energética dos países europeus com a Rússia, país responsável por fornecer 40% do gás consumido pelo bloco. O acordo prevê volumes crescentes até 2030.

Belo Monte alerta sobre risco de megaprojeto de ouro ao lado da usina

A concessionária Norte Energia, dona da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, enviou um pedido ao governo do estado, para que seja reavaliado o projeto de mineração de ouro da companhia canadense Belo Sun, que pretende transformar uma região localizada a poucos quilômetros da barragem da hidrelétrica no maior garimpo industrial do Brasil.

O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso a um ofício que a Norte Energia enviou na semana passada à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), órgão do governo paraense responsável por licenciamento ambiental no estado. No documento, que também foi encaminhado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Funai, a dona de Belo Monte alerta que estudos já realizados “apontam conflito entre as atividades e risco de implantação de atividade minerária em conjunto com a operação da UHE (usina hidrelétrica) Belo Monte”. Procurada pela reportagem, a Norte Energia não se manifestou sobre o assunto.

Ecom Energia: investimento pode alcançar R$ 1 bi em cinco anos com a entrada de novos sócios

As gestoras Vintage Investimentos e Fractal Asset adquiriram 10% da participação societária da Ecom Energia Holding S/A, informa o Valor Econômico. Com a chegada dos novos sócios, a companhia prevê acelerar a expansão dos negócios em comercialização, gestão de consumidores e ativos de geração de energia renovável. O valor do contrato não foi revelado.

Nesta compra, a Vintage é líder do projeto, mas os percentuais também não foram divulgados. Pelos termos do acordo, a Vintage e a Fractal podem chegar ainda a 30% da companhia até 2026, por meio de mais duas tranches: a primeira em 2024 e a segunda em 2026; com o valuation da operação podendo chegar a R$ 800 milhões.

Com isso, o potencial de investimento da Ecom Energia em suas áreas de negócios no Brasil, nos próximos cinco anos, deve saltar dos atuais R$ 400 milhões anunciados em 2021 para R$ 1 bilhão. Com a empresa mais capitalizada, o objetivo é acelerar o plano de negócios para a expansão da base de clientes e diversificação dos negócios em energia.

EUA ameaçam retaliar quem tentar burlar sanções à Rússia

Os EUA ameaçam impor sanções a indivíduos e empresas que negociem com a Rússia, despertando preocupações em países como a China — que, na visão de Washington, vem buscando brechas para ajudar Moscou a contornar as punições comerciais em resposta à invasão da Ucrânia. A extensão das retaliações a terceiros fora da Rússia representaria uma escalada significativa dos esforços para isolar financeiramente Moscou. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Globo informa que pela primeira vez em 20 meses, o Brasil tem todos os estados fora da zona de alerta para ocupação de leitos de UTI. O ranking, divulgado pelo Observatório Covid-19 Fiocruz, é dividido em cores: vermelho para um nível crítico de ocupação (acima de 80%), amarelo para médio (acima de 60%) e verde para baixo. Hoje, a média móvel é de cerca de 34 mil casos diários – em janeiro era de 200 mil.

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Trabalho híbrido ganha novas regras e contrato por produção – é a manchete da edição deste sábado (26/03) do jornal O Estado de S. Paulo. Alavancado na pandemia, o trabalho híbrido (a alternância entre o presencial e o remoto) ganhou novas regras ontem com a edição de um pacote de regras pelo presidente Jair Bolsonaro. O objetivo é ajustar a legislação a esse novo modelo de execução das tarefas, que ganhou força durante a pandemia, e garantir a segurança jurídica dos contratos.

Conforme explica a reportagem, também ficou permitida a contratação com controle de jornada ou por produção. Nesse modelo não será aplicado o capítulo da Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT) que trata da duração da atividade e que prevê o controle de horas. Para atividades em que cumprir um cronograma diário não é essencial, o trabalhador terá liberdade para exercer as tarefas na hora em que desejar.

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A confiança da população brasileira nas urnas eletrônicas usadas nas eleições no país aumentou, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha. Pesquisa realizada pelo instituto entre terça (22/03) e quarta-feira (23/03) aponta que 82% dos entrevistados disseram que confiam no sistema eletrônico de votação, ante 17% que afirmam que não confiam.

No levantamento anterior, feito em dezembro de 2020, pouco depois das eleições municipais daquele ano, a taxa de confiança era de 69%, ante 29% de céticos do sistema. O Datafolha ouviu 2.556 pessoas em 181 municípios de todo o país. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. (Folha de S. Paulo)

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