A Echoenergia acaba de inaugurar o projeto eólico Serra do Mel II, no Rio Grande do Norte, com 205,8 MW de potência, atingindo o marco de 1,2 GW em cinco anos de existência. Pela frente, a companhia tem a desenvolver uma carteira de mais 1,2 GW em projetos de eólica e solar, desta vez dentro do grupo Equatorial, que comprou a geradora de energia recentemente, por cerca de R$ 7 bilhões.
O parque Serra do Mel II é composto por 49 turbinas Vestas de 4,2 MW cada uma, e teve a energia comercializada por meio de contratos de longo prazo no mercado livre em 2018.
Segundo Edgard Corrochano, presidente da Echoenergia, a tendência é que o custo dos projetos de geração solar fotovoltaica recuem de forma “agressiva”, até que superem a fonte eólica em termos de competitividade.
“Hoje, o câmbio não ajuda, já que 60% dos componentes são importados, mas no Brasil temos excesso de ventos e sol bons”, disse Corrochano, em evento realizado em Mossoró, no Rio Grande do Norte, cidade próxima de Serra do Mel, onde ficam os projetos inaugurados.
No total, a companhia investiu R$ 2,2 bilhões no Complexo Serra do Mel, que soma 479 MW de potência.
Além de falar do projeto, os executivos da Echoenergia e da Equatorial também mostraram os projetos sociais da companhia na região, que incluem investimentos em uma escola estadual em Serra do Mel, com doações de materiais e obras estruturais com a construção de salas de aula, reforma de quadras de esportes, auditório e uma biblioteca.
O projeto social chamado “Ventos que Transformam” recebeu mais de R$ 4,5 milhões da Echoenergia, e foi colocado em ação pelo Instituto Brasil Solidário (IBS).
A iniciativa partiu da Echoenergia antes da sua aquisição pela Equatorial, mas o presidente da companhia, Augusto Miranda, celebrou as ações sociais. “Estamos em regiões muito carentes, Norte e Nordeste têm carências muito fortes”, disse Miranda, completando que isso envolve um desafio, até pela necessidade de respeito das culturas e particularidades de cada local.
“É difícil tocar tudo isso, estamos do Oiapoque a Chuí”, brincou, uma vez que a Equatorial comprou as distribuidoras do Amapá e do Rio Grande do Sul no último ano, chegando aos dois extremos do país. “Para isso, precisamos de pessoas competentes, estamos investindo e avançando bastante”, afirmou.
*A repórter viajou a convite da Echoenergia