O Valor Econômico traz, em seu portal de notícias, reportagens e análises a respeito da troca de comendo na Petrobras, ressaltando que o movimento não deverá mudar o cenário das discussões sobre preços de combustíveis. De acordo com fontes do jornal, o Ministério da Economia seguirá resistindo à criação de um fundo de estabilização de preços dos combustíveis, defendido pelo economista Adriano Pires, indicado pelo governo federal para a presidência da estatal, no lugar do general Joaquim Silva e Luna.
A expectativa entre os auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, é que o novo presidente não fará diferente do que os antecederam: procurará livrar a estatal de qualquer responsabilidade sobre a alta dos preços dos derivados de petróleo no mercado interno. E proporá soluções que não passam pelo sacrifício dos ganhos da empresa, e sim pelos cofres públicos.
Segundo entrevistados pelo Valor, a torcida do time liberal é que Pires ao menos siga com o trabalho de redução do tamanho da Petrobras, como vinha fazendo o ex-presidente Roberto Castello Branco. O fundo de estabilização de preços é uma solução que demanda recursos do Tesouro Nacional.
Petrobras: mercado vê política de preços inalterada
Ainda de acordo com reportagens e análises do Valor Econômico, a mudança na presidência da Petrobras é um aceno do presidente Jair Bolsonaro à população, no sentido de que está buscando uma solução para o aumento dos combustíveis, mas, na prática, a política de preços da companhia deve seguir inalterada, afirmaram analistas ouvidos pelo Valor.
Na tarde de ontem (28/03), o Ministério de Minas e Energia confirmou a indicação do fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e especialista em energia, Adriano Pires, para a presidência da estatal. A troca ocorre depois de críticas de Bolsonaro à condução do general da reserva Joaquim Silva e Luna à frente da companhia. Analistas apontam que Pires é um nome ligado ao mercado e que provavelmente dará continuidade à atual política de preços da estatal, em linha com os preços internacionais.
“Para o acionista da Petrobras, nada vai mudar. Uma excelente escolha do ponto de vista de negócios, Pires é a favor do fim do monopólio da Petrobras no refino, que é exatamente a estratégia que a companhia tem hoje”, afirmou um analista de um grande banco. Para Edmar Almeida, professor do Instituto de Energia da PUC-Rio, Pires conhece bem o mercado de derivados e entra na Petrobras no momento em que há uma forte pressão decorrente dos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre os combustíveis, notadamente do gás natural e o diesel.
Auren pretende crescer com a compra de ativos e com o mercado livre de energia
Em teleconferência com investidores, os executivos da Auren, a nova elétrica fruto da reorganização societária dos ativos de CPP Investiments e do grupo Votorantim, disseram que a severa crise hídrica de 2021 impactou a margem da companhia no período. Isso porque a ex-estatal Companhia de Energia do Estado de São Paulo (Cesp), que se tornou subsidiária integral da Auren, teve suas usinas hidrelétricas impactadas pelas poucas chuvas no ano passado.
A empresa atribuiu a maior compra de energia e o impacto trazido pela atualização de provisão do contencioso passivo e do passivo atuarial na despesa financeira ao desempenho. “Na esfera Cesp, tivemos que comprar 70 MW médios a mais em 2021 a um preço de R$ 240/MWh comparado a 204 MWh em 2020″, disse o vice-presidente financeiro e de novos negócios, Mário Antônio Bertoncini. Os executivos reafirmaram a intenção de crescimento a partir da aquisição de ativos e mercado livre de energia, além de projetos greenfield (novos) em andamento. (Valor Econômico)
Apagão no centro do RJ atinge aeroporto Santos Dumont
Um apagão atingiu o Centro do Rio de Janeiro no início da noite de ontem (28/03), deixando pontos importantes da região sem luz, como o Aeroporto Santos Dumont e o prédio da Assembleia Legislativa (Alerj) — onde uma pessoa chegou a ficar presa por seis no elevador, mas foi socorrida por brigadistas. A ocorrência aconteceu por volta das 19h20 da noite e durou cerca de 22 minutos, de acordo com a Light. (O Globo)
PANORAMA DA MÍDIA
O Brasil gerou 328.507 empregos com carteira assinada em fevereiro deste ano, informou nesta terça-feira (29/03) o Ministério do Trabalho e Previdência. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo é resultado de 2.013.143 contratações e 1.684.636 demissões. O resultado de fevereiro, no entanto, ficou abaixo do mesmo mês do ano passado, quando houve abertura de 397.463 vagas com carteira assinada. (O Estado de S. Paulo)
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Em negociações na Turquia, representantes da Rússia anunciam redução drástica de ataques em Kiev e arredores, e Ucrânia aceita neutralidade. (O Globo)
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Elifas Andreato, ilustrador e um dos maiores designers gráficos do Brasil, responsável por inúmeras capas de discos que entraram para a história, de livros e outros trabalhos, morreu aos 76 anos, na madrugada desta terça-feira (29/03). A informação foi divulgada por seu irmão, o ator Elias Andreato, em seu perfil no Instagram. Elifas Andreato estava internado desde a última semana, após ter sofrido um enfarte. Seu corpo será cremado às 16h, no Crematório Vila Alpina. (O Estado de S. Paulo)