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Auren Energia quer ampliar portfólio de geração solar e diversificar produtos do ACL

Auren Energia quer ampliar portfólio de geração solar e diversificar produtos do ACL

A Auren Energia, nova empresa formada pela incorporação dos ativos da VTRM, traçou para sua estratégia de negócio a expansão de ativos geração solar fotovoltaica e nas oportunidades trazidos pelo processo de modernização do setor elétrico.

Segundo o diretor-presidente da Auren, Fábio Zanfelice, durante teleconferência ao mercado realizada nesta terça-feira, 29 de março, a empresa deve adicionar 1,7 GW ao seu portfólio até 2024, por meio das usinas solares em implantação Jaíba V (516 MW) e Helios (1.210 MW), além do projeto híbrido com as fontes eólica e solar, das plantas Ventos do Piauí ll e lll, que somam 68 MW.

“Temos um projeto híbrido de menor porte e financiamento contratado bastante competitivo”, contou o diretor-presidente da Auren. Os novos projetos devem receber investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão e a meta é que em 2026 a companhia alcance 5,2 GW de potência em fontes renováveis, reduzindo a participação do portfólio e exposição às fontes hídricas.

Zanfelice disse analistas que o portfólio de comercialização de energia para 2022 foi 67% vendido. Com a incorporação dos ativos da Cesp e Votorantin Energia, a empresa soma 3,3 GW de capacidade instalada em ativos de geração, sendo 71% da fonte hídrica e 29% eólica.

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Na geração eólica, a empresa possui parques em operação no Piauí que somam de 600 MW, e mais 400 MW com previsão de entrada em operação até o final do ano. Na geração hidráulica, a empresa soma 2,3 GW, aos quais prevê adicionar 160 MW de PCHs que estão em fase de desenvolvimento.

“Estamos preparados para fazer qualquer aquisição de qualquer tamanho do setor elétrico hoje. Estamos capitalizados, temos capacidade financeira e técnica para fazer aquisições e vamos continuar avaliando ativos, além do plano de crescimento orgânico da empresa”, disse Fabio Zanfelice.

Com a modernização prevista no projeto de lei 414/2021, ainda em tramitação no Congresso, a Auren prevê oportunidades de gestão de energia para clientes de menor porte e projetos de digitalização.

“A expectativa é termos clientes menores com uma margem um pouco maior para fazer jus a estes produtos que eles vão demandar (…). Nós temos uma meta de dobrar o número de clientes e chegar a mil dentro de um ano”, afirma.

Na reestruturação e incorporação de ativos para formação da Auren Energia, o bloco societário conta com Votorantim (37,7%) do capital, o CPP Investiments com (32,1%) e ações pulverizadas no mercado (30,2%) – acionistas que eram minoritários na Cesp e migraram para a nova companhia.