A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu manter seu acordo existente para produção de petróleo de 432 milhões de barris por dia (bpd) em maio. A decisão, que seguiu recomendação do Comitê Ministerial Conjunto de Monitoramento (JMMC, na sigla em inglês), foi tomada durante a reunião realizada nesta quinta-feira, 31 de março.
Anteriormente, o grupo vinha elevando a oferta em 400 mil bpd mensalmente, conforme acertado no ano passado. Durante a reunião do comitê, os participantes concluíram que o cenário e as perspectivas apontam para um mercado “bem equilibrado” e que a recente volatilidade dos preços reflete “desdobramentos geopolíticos”, e não fundamentos do setor.
A organização reiterou “a importância crítica de aderir à plena conformidade e ao mecanismo de compensação aproveitando a extensão do período até o final de junho de 2022”.
Neste contexto, a Casa Branca anunciou nesta quinta-feira, 31 de março, um plano para liberar até 1 milhão de barris por dia, durante 180 dias, das suas reservas estratégicas para conter a inflação. “Após consultas aos aliados e parceiros, o presidente Joe Biden vai anunciar a maior liberação de petróleo das nossas reservas na história”, anunciou a Casa Branca em comunicado.
“A escala dessa liberação não tem precedentes: o mundo nunca teve uma liberação de petróleo das reservas de 1 milhão de barris por dia. Essa injeção recorde vai promover uma quantidade histórica de fornecimento que vai servir como ponte até o final do ano quando a produção doméstica aumentar” , diz trecho de comunicado da Casa Branca.
Após o anúncio, os preços do petróleo despencaram. Os contratos futuros de petróleo Brent para maio, que expiram hoje, caíam cerca de US$ 5, ou 4,35%, para US$ 108,50 por barril às 11h54 (horário de Brasília).
Já o petróleo dos EUA (WTI) para entrega em maio recuou mais de US$ 4, para US$ 103,70 por barril, no mesmo horário