A Fitch avalia que a eliminação temporária no imposto de importação do etanol, decidida no dia 21 de março pelo Ministério da Economia, terá um efeito neutro ou minimamente negativo nos fluxos de caixa dos produtores brasileiros do biocombustível. Segundo a agência de classificação de riscos, o efeito, se houver, será gerenciável pelos preços do combustível no centro-sul do país.
Segundo a agência, o impacto seria limitado à região Nordeste, devido a sua proximidade com os Estados Unidos, o maior exportador de etanol para o Brasil, mas a competitividade do mercado do centro-sul não seria materialmente afetada, visto que a região Nordeste representou menos de 13% de toda a demanda de etanol no país em 2021.
Além disso, a Fitch afirma que os volumes de importação dependeriam da volatilidade dos preços do combustível e da cotação do real, levando em conta o desenvolvimento do conflito entre Rússia e Ucrânia. A velocidade com que a Petrobras ajusta o preço da gasolina também poderia impactar os lucros das comercializadoras.