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Depois de Landim, Adriano Pires declina indicação para a Petrobras

Depois de Landim, Adriano Pires declina indicação para a Petrobras

O economista Adriano Pires declinou oficialmente ao convite para assumir a presidência da Petrobras, conforme carta publicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), publicada na noite desta segunda-feira, 4 de abril. O nome do especialista constava na lista de indicados pela União para a composição do conselho de administração da estatal, assim como o de Rodolfo Landim, que desistiu da indicação de seu nome para a presidência do conselho no fim de semana

Na carta, Pires disse ser claro que não poderia conciliar seu trabalho de consultor com o exercício da presidência da Petrobras. “Iniciei imediatamente os procedimentos para me desligar do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), consultoria que fundei há 20 anos e hoje dirijo em sociedade com meu filho. Ao longo do processo, porém, percebi que infelizmente não tenho condições de fazê-lo em tão pouco tempo”.

Notório defensor de preços de mercado, Adriano Pires é economista e diretor-fundador CBIE. Foi professor do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ, assessor do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), além de ter exercido os cargos de superintendente de Abastecimento, de Importação e Exportação de Petróleo, seus Derivados e Gás Natural.

Na carta, o especialista ressaltou que ao longo de 30 anos sempre lutou pelo desenvolvimento do mercado brasileiro de óleo e gás e que tem defendido publicamente a importância de regras de mercado e do aumento da competição, visando o consumidor e o incentivo aos investimentos.

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“Para concluir, reafirmo aqui o compromisso de continuar nessa luta, que é em favor do Brasil, e votos de continuado sucesso na gestão do nosso presidente Bolsonaro em favor do povo brasileiro”, diz o economista em outro trecho da carta. 

Pires foi indicado depois críticas do presidente Jair Bolsonaro sobre as altas dos preços dos combustíveis. A lista de indicados ao conselho da Petrobras, e prevista para ser votada no próximo dia 13, não incluiu o atual presidente da estatal, o general Joaquim Silva e Luna, que presidia Itaipu e substituiu Roberto Castello Branco em situação semelhante a atual.

Em resposta, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, publicou carta em que declara compreender as razões que motivaram a recusa de Pires à presidência da estatal, e finaliza dizendo estar certo “de podermos continuar contando com as suas oportunas contribuições”.