Reportagem publicada hoje (05/04) pela Folha de S. Paulo informa que as pressões por revisão na política de paridade internacional de preços da Petrobras começam a se espalhar por diversos setores da economia. Marco Aurélio Barcelos, diretor-presidente da ABCR (associação de concessionárias de rodovias), diz que há um alerta vermelho no setor em relação ao aumento nos preços.
“O setor de concessão de rodovias reconhece que o aumento expressivo do preço do CAP (cimento asfáltico de petróleo) nos últimos meses tem prejudicado as concessões. Isso impacta a sustentabilidade financeira dos projetos”, afirma. Barcelos diz que as empresas estudaram importar o asfalto da Rússia, mas foram impedidas pela guerra.
“Nós estamos reféns de uma atuação praticamente monopolista. A Petrobras é a única provedora nacional desses insumos e todo o setor fica refém da política que ela estabelece em relação a esses insumos”, diz. O diretor da ABCR afirma que há conversas com o Ministério da Infraestrutura e a Agência Nacional de Transportes Terrestres sobre alternativas para contornar a situação, que atinge contratos vigentes e futuros.
Secretário de Guedes volta a ser cotado para assumir a Petrobras, após desistência de Pires
Após a desistência de Adriano Pires da presidência da Petrobras, o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade, voltou a ser cogitado para o posto, conforme informou ao Valor Econômico uma fonte do governo.
A reportagem ressalta que Andrade já esteve entre os cotados quando a escolha recaiu sobre Pires. De grande confiança do ministro da Economia, Paulo Guedes, ele é bem avaliado no governo por causa de seu trabalho na implementação do “gov.br”, uma plataforma pela qual a maioria dos serviços do governo digital pode ser feita pela internet. Ele também presidiu o Serpro, empresa pública de tecnologia que cuida dos dados do governo federal.
Investidores se articulam para que governo busque ‘solução interna’ na Petrobras
O Valor Econômico informa que existem articulações, entre investidores da Petrobras, para que a União indique o presidente do conselho de administração e o presidente-executivo da companhia entre os atuais integrantes que fazem parte do conselho de administração da companhia.
Do atual conselho de administração da estatal, três nomes vão deixar a companhia depois da assembleia geral ordinária e extraordinária (AGOE) da empresa, no dia 13. São eles: o atual presidente do conselho de administração, Eduardo Bacellar Ferreira, o presidente da companhia, general da reserva Joaquim Silva e Luna, e o conselheiro Murilo Marroquim. Marroquim foi substituído, na última lista de candidatos apresentada, no dia 28, pela União, por Eduardo Karrer. A lista composta pela União, divulgada no dia 28, trouxe ainda outros nomes citados pela reportagem.
Delta Energia anuncia compra da BestDeal Technologies
O grupo Delta Energia anunciou a aquisição da empresa BestDeal Technologies, que desenvolve produtos para o mercado de telecomunicações, energia e indústria. A companhia sediada em Uberlândia (MG) trabalha com soluções B2B para empresas nacionais e internacionais, e tem como especialidades softwares de alta complexidade, performance e escalabilidade, sistemas de medição, além do uso de inteligência artificial em suas soluções e produtos de hardware IoT (sigla em inglês para internet das coisas) para uso residencial, industrial e Smart Cities.
A operação casa com o objetivo da Delta de se preparar para a modernização e ampliação do mercado livre de energia, por meio da portabilidade da conta de luz, explica a empresa em nota. O diretor de Tecnologia do grupo, Alfredo Silva, destaca que é importante a antecipação à abertura de mercado, e acredita que a expertise da BestDeal vai apoiar o grupo nesse processo de disrupção. Para a Best Deal, o processo abre a oportunidade da oferta de novos serviços em grande escala, além do crescimento em setores como agronegócio e finanças. (Canal Energia)
EDP busca startups com foco em transição energética e investirá 100 milhões de euros
A EDP Ventures vai investir 100 milhões de euros (mais de R$ 500 milhões) até 2025, em nível global, em soluções que possam ter impacto em seu negócio. O aporte será realizado em startups cuja viabilidade já foi comprovada e que tenham desenvolvido soluções para dar resposta aos desafios das alterações climáticas e da transição energética.
A empresa informou que está em busca de startups em fase scale-up – com provas de conceito sobre o seu modelo de negócio já realizadas e aptas a escalar suas atividades. Para isso, a companhia vai participar de rodadas de investimento em séries B, quando uma startup já tem um modelo de negócio implementado com sucesso e receitas expressivas, e poderá investir também em séries C, modelo no qual as empresas buscam financiamento adicional para ajudá-las em seu desenvolvimento, mas sem abandonar sua abordagem tradicional de investimento em startups em fase Seed e séries A. (Canal Energia)
PANORAMA DA MÍDIA
A escolha de um nome para a presidência da Petrobras é o principal destaque da mídia nesta terça-feira (05/04). O recuo do economista Adriano Pires, cotado para o posto, e do empresário Rodolfo Landim, nomeado para comandar o conselho da petroleira, joga a assembleia de acionistas da estatal, marcada para a semana que vem, em clima de incerteza, ressalta o Valor Econômico.
Ao jornal O Globo, o advogado Leonardo Pietro Antonelli, que integrou o Conselho de Administração da Petrobras entre 2020 e 2021 e representa hoje minoritários, afirmou que as mudanças impactam os investimentos da empresa e seu valor de mercado. Segundo ele, são 700 mil investidores que sofrem com a instabilidade existente. Ele alerta para o fato de que a votação dos investidores estrangeiros já começou, apesar de a chapa do governo estar incompleta.
O relógio para a assembleia de acionistas da Petrobras, marcada para o próximo dia 13, continua contando, com a inacreditável ausência de nomes para a presidência executiva e o comando do conselho administrativo (O Estado de S. Paulo)
Em carta ao Ministério de Minas e Energia, Adriano Pires, cotado para o comando da Petrobras, afirmou: “Ficou claro para mim que não poderia conciliar meu trabalho de consultor com o exercício da presidência da Petrobras. Iniciei imediatamente os procedimentos para me desligar do Centro Brasileiro de Infraestrutura, consultoria que fundei há mais de 20 anos e que hoje dirijo em sociedade com meu filho. Ao longo do processo, porém, percebi que infelizmente não tenho condições de fazê-lo em tão pouco tempo”, afirmou Pires em carta divulgada pelo ministério no início da noite de ontem (04/04). (Folha de S. Paulo)