Indústria de carvão mineral também quer produzir fertilizante – Edição da Tarde

Os reflexos negativos da invasão russa na Ucrânia sobre a oferta e os preços globais dos fertilizantes levaram a Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM) a tirar da gaveta diagnósticos que sustentam que a matéria-prima também pode ser utilizada para a produção de adubos, informa o Valor Econômico.

Normalmente usado para a geração de energia elétrica ou na indústria siderúrgica, o carvão mineral, após um processo de gaseificação, também pode gerar amônia e ureia. Não há nada implantado ou em curso no país nesse sentido, inclusive por causa de preocupações ambientais, mas a possibilidade existe, ressalta a reportagem.

Segundo Fernando Zancan, presidente da ABCM, há reservas que poderiam ser destinadas à produção de fertilizantes no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Mas, além de problemas de licenciamento, os altos custos de prospecção e processamento também teriam que ser compensados pelos preços de comercialização dos subprodutos.

Distribuidoras renegociam preço do biodiesel

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As distribuidoras de combustível renegociaram os valores de compra de biodiesel para mistura ao diesel que ainda estão vigentes no bimestre atual (março e abril), depois que o governo federal desonerou o produto de PIS/Cofins.

Conforme explica o Valor Econômico, isso pode ajudar a diminuir os preços do diesel nas bombas já nesse período, antes mesmo das negociações dos contratos para o próximo bimestre, mas o efeito no preço final depende de as distribuidoras e postos repassarem os descontos aos consumidores.

Em 11 de março, o governo sancionou a lei complementar 192/22, que isentou de PIS e Cofins combustíveis como diesel e biodiesel. Os tributos sobre o biodiesel eram de R$ 148 o metro cúbico, mas a ampla maioria dos produtores pagava menos (R$ 58,24/metro cúbico) por causa do Selo Biocombustível Social, atrelado ao uso de matéria-prima da agricultura familiar.

A nova data prevista para a decisão da privatização da Eletrobras no TCU

As informações que seguem são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Apesar da pressão do governo para o Tribunal de Contas da União (TCU) votar até meados deste mês o julgamento do processo que analisa a modelagem de privatização da Eletrobras, a tendência é que o caso seja analisado somente em 4 de maio, na primeira sessão do mês. A intenção do governo é que o TCU analise o processo em abril, já que a oferta pública de ações para fazer a venda da estatal elétrica está prevista para 13 de maio e o governo precisa de um tempo para fazer o prospecto.

Adecoagro realiza a primeira emissão de certificados GAS-REC no Brasil

A Adecoagro, empresa de alimentos e produção de energia renovável, anunciou a primeira transação de certificados de gás natural renovável, os chamados GAS-REC, para a empresa de tecnologia Metso Outotec. Ao todo, foram emitidos 25 mil certificados nessa primeira negociação, que correspondem a 1 milhão de BTU por certificado (equivalentes a 29,4Nm³ de metano).

A planta de biogás da Adecoagro, instalada na Usina Ivinhema no Mato Grosso do Sul em parceria com a Methanum, foi a primeira unidade do Brasil a ser certificada pelo Instituto Totum no Programa de Certificação de Gás Natural Renovável. Esse programa realiza o sistema de rastreamento por meio de entradas e saídas, e assegura que não existe dupla-contagem (nem duplo beneficiário) do atributo ambiental do biogás ou biometano. (Canal Energia) 

PANORAMA DA MÍDIA

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou hoje (06/04) ao blog da jornalista Ana Flor, da Globonews, que a assembleia de acionistas da Petrobras, marcada para 13 de abril, vai ocorrer já com os nomes indicados pelo governo para a presidência da estatal e para o comando do conselho de administração. O governo ainda não escolheu os nomes. Embora o prazo até a assembleia seja curto, Albuquerque garante que não trabalha com a possibilidade de adiamento. “Nunca trabalhei com outra ideia. Não podemos ficar empurrando a situação”, afirmou.