A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) anunciou ontem (08/04) a compra de uma participação de 49% em seis usinas fotovoltaicas, por R$ 37,2 milhões. Os ativos estão localizados em Lavras (MG) e pertencem a G2 Energia e Apolo Energia. De acordo com a empresa, as usinas já estão em pleno funcionamento, com 18,5 megawatt-pico de potência, e vão atender cerca de 1,8 mil clientes do mercado residencial, comercial e industrial de baixa tensão.
A operação foi realizada pela subsidiária Cemig SIM e ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A companhia estima uma redução da emissão de 1,7 mil toneladas de dióxido de carbono por ano. (Valor Econômico)
Geração de energia solar em telhados de casas deve alcançar Itaipu em setembro
A geração própria de energia solar no país deve alcançar a capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu em setembro, segundo projeção da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Para atingir a marca, a potência dos sistemas instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos de casas, comércios e indústrias deve chegar a 14 gigawatts. Neste mês, a capacidade somou 10 gigawatts. Segundo a Absolar, o Brasil tem mais de 930 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede. (Folha de S. Paulo)
Shell reserva US$ 15 bilhões por fim de operações na Rússia
O Valor Econômico informa que a Shell terá uma depreciação de até US$ 5 bilhões com sua decisão de deixar a Rússia. O grupo do setor de energia, que tem ações negociadas na Bolsa de Valores do Reino Unido, alertou que a volatilidade extrema dos preços nos mercados de commodities afetará seu fluxo de caixa. A Shell informou que encerrar suas três joint-ventures com a Gazprom, a estatal de gás russa, resultaria em encargos de depreciação depois de impostos de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões. Isso é mais do que os US$ 3,4 bilhões que a empresa assinalara como o valor de seus ativos e empreendimentos russos nas operações de refino e distribuição quando anunciou sua retirada do país. (reportagem traduzida do Financial Times)
Preço do diesel nos postos sobe pela segunda semana seguida, diz ANP
O preço do diesel subiu pela segunda semana seguida nos postos, de acordo com pesquisa feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor do litro passou de R$ 6,593 para R$ 6,600, uma alta de 0,1%. No ano, o diesel já subiu 23,50%.
Na média do Brasil, o preço da gasolina por litro caiu 0,1%, de R$ 7,202 para R$ 7,192, na segunda semana seguida de queda. Desde janeiro, a alta é de 9,03%. O preço máximo encontrado da gasolina nos postos do Brasil está pela quinta semana seguida acima de R$ 8. Desta vez, o preço máximo encontrado foi em São Paulo, por R$ 8,499. (O Globo)
PANORAMA DA MÍDIA
O índice oficial de inflação do país é o principal destaque da mídia neste sábado (09/04). Puxado pelo mega-aumento de combustíveis e pela alta no preço de alimentos, o índice oficial de inflação acelerou para 1,62% em março, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior alta para o mês desde 1994 (42,75%), antes da implantação do real. Ou seja, o avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais intenso para março em 28 anos. (Folha de S. Paulo)
O resultado acima do esperado pelos economistas já leva à revisão dos números, e a inflação oficial deve encerrar o ano mais próxima de 8% do que de 7%, como era esperado anteriormente. (O Globo)
Levantamento informal realizado ontem, pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, encontrou, na mesma loja, óleo de milho sendo vendido a preço de azeite, coxão mole (carne de primeira) pelo mesmo preço que bacalhau e até a cenoura in natura, uma das vilãs da inflação em março com alta de quase 32% no mês e 166,17% em 12 meses, pelo mesmo valor do quilo da maçã importada, R$ 15,90.
