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Nova direção da Petrobras não terá margem para mudar política de preços, diz Silva e Luna – Edição da Manhã

Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, disse que dificilmente a nova direção da estatal, que será eleita no próximo dia 13, terá instrumentos para alterar a política de preços da empresa, como vem sendo cobrado publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro. “Não tem margem de manobra para mudar isso”, afirmou o general da reserva.

“Com o que tem hoje de legislação, de norma, não dá (para mudar a política de preços). É preciso considerar ainda que a empresa toma decisão compartilhada, é uma vontade coletiva, passa pelo comitê executivo, pelo conselho de investimentos. Se não mudar a legislação (que instituiu a política de paridade com o mercado internacional), não vejo como alterar isso na Petrobras”, completou.

O Valor ressalta que Silva e Luna recusou-se a deflagrar um processo para mudar a política de preços, instituída em 2016, apesar das cobranças públicas de Bolsonaro, e de outras autoridades, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e acabou sendo demitido. Silva e Luna esclareceu que um dos impeditivos para a Petrobras rever a política de preços é o alto índice de importação de combustível: “a razão é conhecida, importamos 30% do combustível. Pagar o preço mais caro e vender mais barato vai gerar desabastecimento mesmo”, frisou.

Preço do gás natural às distribuidoras segue fórmulas pactuadas, diz Petrobras

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A Petrobras esclareceu que os preços dos contratos de gás natural vendido pela companhia às distribuidoras estaduais seguem fórmulas paramétricas previamente pactuadas, com atualizações trimestrais. O comentário ocorre depois que a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) fez um apelo, na sexta-feira (08/04), para que a estatal adote, nos preços do gás natural, o mesmo tratamento dado ao gás liquefeito de petróleo (GLP), combustível que teve redução de preço anunciada pela companhia.

De acordo com a Petrobras, a opção por reajustar o gás natural a cada três meses evita a volatilidade de preços, que são associados ao câmbio e ao preço internacional do barril de petróleo tipo Brent, além de obedecer às condições negociadas durante os processos das chamadas públicas para aquisição de gás natural pelas distribuidoras. A companhia lembrou também que o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais. (Valor Econômico)

Projeto da maior usina de urânio do Brasil ganha aval para avançar

A Folha de S. Paulo informa que o processo de licenciamento do que hoje é o maior empreendimento de exploração de urânio do Brasil, o projeto Santa Quitéria, no Ceará, voltou a andar. Nesta nova rodada de análises, as audiências públicas já foram liberadas pelo Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com a reportagem, os debates devem ocorrer nos próximos três meses.

O projeto está localizado entre os municípios de Santa Quitéria e Itatira, a 217 km de Fortaleza. Prevê um investimento de R$ 2,3 bilhões e a geração de 11 mil empregos para a exploração de uma abundante reserva de urânio associada ao fosfato, matéria-prima para indústrias de fertilizantes e rações.

Movimentos sociais, indígenas e pesquisadores vêm combatendo o projeto. O grupo produziu estudos e pareceres que apontam riscos de contaminação por radiação. Esses críticos batem de frente com o governo Jair Bolsonaro (PL), que colocou a mineração de urânio na lista de prioridades. Em 2019, foi lançado um ambicioso plano que prevê a construção de seis usinas nucleares até 2050, num investimento de R$ 30 bilhões.

PANORAMA DA MÍDIA

Reportagem publicada na edição deste domingo (10/04) pelo jornal O Globo destaca que, ao lançar mão de um “pacote de bondades” com impacto até o momento de R$ 160 bilhões na economia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) mira o bolso dos brasileiros para elevar a popularidade no ano eleitoral. A estratégia, que passa pelo aumento da renda e estímulos econômicos de curto prazo, visa ainda a atender a segmentos da população em que seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto é pior, como o eleitorado de menor renda e as mulheres.

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A Folha de S. Paulo informa que a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a usar em larga escala uma manobra licitatória para dar vazão aos recursos bilionários das chamadas emendas parlamentares, distribuídas a deputados e senadores com base em critérios políticos e que dão sustentação ao governo no Congresso. De acordo com a reportagem, a estratégia deixa em segundo plano o planejamento, a qualidade e a fiscalização, abrindo margem para serviços precários, desvios, superfaturamentos e corrupção.

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Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que, apesar da falta de recursos para terminar 3,5 mil escolas em construção há anos, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a construção de outras 2 mil unidades. O projeto não tem recursos previstos no orçamento, o que deve aumentar o estoque de escolas não entregues pelo governo e esqueletos de obras inacabadas. Mesmo assim, os colégios já são anunciados por deputados e senadores aos seus eleitores.

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