A Folha de S. Paulo informa que ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) estão incomodados com o sigilo imposto pelo relator Aroldo Cedraz ao preço de venda da ação da Elatrobras. Cedraz argumenta ser necessário preservar o dado para não divulgar informação privilegiada a interessados na compra e não dá publicidade nem aos demais colegas.
Mas os titulares do TCU reclamam que se não tiveram acesso com prazo hábil para análise, acabarão tendo de pedir vista e adiando, ainda mais, a votação da capitalização da estatal. A previsão é de o tema ir ao plenário em 11 de maio. O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem pressa na votação. Há receio de a oferta de ações ficar muito próxima das eleições e espantar investidores.
Aneel reconhece direito de geradores ao recálculo da compensação do GSF
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconheceu o recálculo da compensação relativa do GSF (sigla em inglês para risco hidrológico) aos geradores com direito ao deslocamento do prazo de outorga garantido pela lei 14.120/2021, e aos que têm direito a excludente de responsabilidade conferido pela Lei 13.360/2016. O Canal Energia informa que a decisão afeta centenas de usinas de fonte hídrica, o que inclui um conjunto grande de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
O primeiro caso se aplica a PCHs que estavam em operação comercial em 1º de setembro de 2020 e que não sofreram penalidades da Aneel pelo atraso no cronograma de implantação. O segundo inclui pequenas hidrelétricas e outras usinas que poderão ter os valores ajustados futuramente, se houver decisão favorável aos pedidos apresentados à Aneel.
A agência também aumentou em 93 dias o prazo de extensão da concessão da usina Jirau, que passou de 754 dias para 847 dias. A UHE Santo Antonio teve 33 dias adicionados ao cálculo anterior, passando de 1.554 para 1.587 dias. O ajuste foi feito para inclusão de período relativo a 2015, que não tinha sido considerado na repactuação do risco hidrológico.
Equatorial aprova adesão à conta de escassez hídrica e pede R$ 709,6 milhões
A Equatorial Energia informou na sexta-feira (08/04), que em conjunto com as suas distribuidoras nos estados do Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, além da CEA (AP) e CEEE-D (RS), aprovou a celebração do termo de aceitação à conta de escassez hídrica. O valor total da operação para o grupo na primeira série soma R$ 709,6 milhões. O mecanismo tem por objetivo cobrir de maneira total ou parcial os custos decorrentes da hidrologia registrada em 2021. A Equatorial Alagoas é a que deve pedir o maior valor, de R$ 239,2 milhões. A segunda maior solicitação é da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), com R$ 186,3 milhões. (Canal Energia)
Nissan abre fábrica de baterias de estado sólido para mudar o jogo de veículos elétricos
A montadora japonesa Nissan anunciou a entrada em operação de sua fábrica de protótipos para baterias de estado sólido. Essa tecnologia de bateria teria o poder de revolucionar os veículos elétricos (EV), pois carrega três vezes mais rápido e oferece o dobro da autonomia dos modelos anteriores, conforme explica reportagem do Valor Econômico.
A montadora japonesa informou que está trabalhando com a agência espacial americana Nasa e outros parceiros para comercializar as células de próxima geração. Essa tecnologia “potencialmente muda o jogo”, podendo trazer os veículos elétricos para o mesmo nível de custo dos carros a gasolina, de acordo com a Nissan. A companhia pretende estabelecer uma linha de produção piloto no ano fiscal de 2024 e começar a vender veículos elétricos equipados com as baterias no ano fiscal de 2028.
PANORAMA DA MÍDIA
A inflação e os juros altos estão reduzindo o acesso das famílias de renda mais baixa a bens duráveis no país. Obtidas pelo Valor Econômico, duas pesquisas recém-concluídas das consultorias GIK Brasil e NielsenIQ, mostram recuo na fatia dos mais pobres nas vendas do comércio e maior dependência de indústrias e varejistas da demanda dos mais ricos, os menos propensos a consumir. O percentual de pessoas com medo de gastar, mesmo com dinheiro no bolso, está em 45%, acima da média global.
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Reportagem do jornal O Globo indica que royalties e participações especiais da produção de petróleo e gás caminham para um novo recorde em 2022, depois do salto de 65% em 2021. União, Estados e municípios devem ter um reforço de caixa de R$ 118,7 bilhões, de acordo com projeção da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
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Empreiteira usa empresa de fachada e domina licitações sob Bolsonaro. Essa é a manchete da edição de hoje (11/04) da Folha de S. Paulo. De acordo com a reportagem, a empreiteira Engefort tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo Bolsonaro em diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios. A construtora, com sede em Imperatriz, sul do Maranhão, explodiu em verbas na atual gestão e sob Bolsonaro foge de sua tradição ao obter também contratos para asfaltamento longe de sua base.
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Reação ao racismo avança no Brasil com ativismo e tecnologia, informa o jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a reportagem, provas em vídeo, redes sociais e conscientização impulsionam denúncias.