Novos projetos de energia solar centralizada no Brasil somaram 25,8 GW em outorgas apenas no período de 2021 a março de 2022, totalizando um montante de 43,7 GW. Desse número, 3,9 GW estão em construção e 4,8 GW em operação. Os dados são do novo Estudo Estratégico Grandes Usinas Solares 2022, da Greener.
Do total de projetos outorgados já em operação, 76% foram comercializados no ambiente de contratação regulado (ACR), enquanto 38,6 GW em outorgas foram solicitadas para o mercado livre, das quais 0,9 GW estão em operação.
O estudo também mostra que foi atingida a geração de 1,1 GW médios na fonte solar fotovoltaica, o que equivale a 1,5% de toda a geração de energia elétrica no país. Neste cenário, a Greener prevê um acréscimo de 27 GW médios nos próximos anos, representando um aumento de 38% em relação ao ano de 2021.
Sobre o financiamento desses projetos, a debênture foi a fonte de captação que mais cresceu entre os acumulados de 2021 e 2022 nos novos empreendimentos mapeados pela Greener, passando de 16 Sociedades de Propósito Específico (SPEs) para 28. Além disso, bancos de fomento, como o Banco do Nordeste (BNB), foram os grandes financiadores de projetos solares durante esse período, subsidiando quase metade dos novos negócios.
O estudo ainda aponta que o segmento de energia solar centralizada sentirá durante o ano de 2022 uma pressão sobre o retorno do investimento dos projetos, decorrente da elevação dos preços de módulos fotovoltaicos, do aumento dos custos de logística e transporte e da variação cambial, o que deve influenciar a rentabilidade dos empreendimentos. Ainda assim, haverá um grande número de projetos com início de suprimento próximo, o que demandará uma preparação do setor.