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Governo e Eletrobras refazem cronograma de privatização e veem eleições como desafio – Edição da Manhã

O pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) para analisar por mais 20 dias a privatização da Eletrobras levou governo e empresa a refazerem o cronograma dos próximos passos do processo, mas a manterem o esforço para concluir a operação neste ano. A venda de ações da companhia está entre as principais prioridades do ministro Paulo Guedes (Economia) na reta final do mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Membros do Executivo e da companhia ouvidos pela reportagem da Folha de S. Paulo buscaram demonstrar uma visão otimista ao dizer que a privatização ainda pode acontecer em uma janela que se fecha em meados de agosto. Eles reforçam que não há impedimentos legais para a operação acontecer tão perto das eleições e que a mobilização no Executivo é grande para concluir o processo.

Reservatórios do Sudeste / Centro-Oeste devem atingir 67,3% no fim de abril

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para a semana de 23 a 29 de abril, aponta que os reservatórios das usinas hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste devem registrar, no dia 30 de abril, 67,3% de capacidade de armazenamento. As regiões Norte e Nordeste apresentam volumes altos com 99,7% e 97,2%, respectivamente. O Sul segue em recomposição com previsão de atingir 59,6%, superando a expectativa anterior da terceira revisão do PMO, que era de 55,8%.

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Em relação às afluências, ou seja, a chuva que efetivamente cai nos reservatórios, a previsão é que o subsistema Sul atinja 145% da Média de Longo Termo (MLT) no mês. Já na região Norte, o volume corresponderá a 105% da MLT. No Sudeste/Centro-Oeste, a expectativa é de uma MLT de 75% e no Nordeste, de 65% da média histórica. O documento traz, ainda, os prospectivos para a carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) comparada a abril do ano passado. No SIN, a variação esperada é de 0,1%, atingindo o montante de 68.952 MW médios. 

Obras de linhas de transmissão podem dobrar intercâmbio de energia entre Norte e Nordeste até 2030

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nesta semana novos estudos sobre a expansão das linhas de transmissão na região Nordeste brasileira. Os trabalhos foram realizados tendo em vista que a capacidade de geração nas regiões Norte e Nordeste deve crescer expressivamente nos próximos anos. Por isso, esse movimento deve ser acompanhado também de novas obras para escoamento e transmissão dessa nova energia que será injetada na rede.

Durante o estudo de diagnóstico, foram contabilizados 34 GW de geração eólica e solar já contratada ou com parecer de acesso até 2025 na região Norte/Nordeste. Com o total de obras recomendadas pelos estudos, a capacidade de intercâmbio entre as regiões Norte/Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste quase dobrará, passando de 17,5 GW (prevista para o ano de 2027) para aproximadamente 32 GW até o ano 2030, viabilizando assim o escoamento de uma oferta de geração adicional da ordem de 32 GW nas regiões Norte/Nordeste.

A EPE também avaliou o sistema de transmissão dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas e recomendou expansões com investimentos da ordem de R$ 4,3 bilhões em novas instalações de rede básica, com aproximadamente 1500 km de novas linhas de transmissão em 500kV e 230kV, três novas subestações de rede básica e reforços em instalações existentes.

Por fim, a EPE também publicou um estudo que tratou da expansão das interligações regionais, trazendo um conjunto de recomendações para expansões na malha de 500kV das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste bem como a implantação de um bipolo em corrente contínua em 800kVcc com extensão aproximada de 1440 km e capacidade nominal de 5GW interligando as subestações Graça Aranha, no estado do Maranhão, à subestação Silvânia no estado de Goiás (Petronotícias). A íntegra dos estudos pode ser conferida na página da EPE na internet.

MME e CCEE assinam convênio para execução de R$ 33,6 milhões em projetos

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e o Ministério de Minas e Energia (MME) firmaram convênio para investir R$ 33,6 milhões na realização de estudos e projetos voltados ao desenvolvimento do setor elétrico. O acordo prevê a realização de quatro projetos envolvendo consultorias, estudos e serviços técnicos destinados a reforçar a capacidade de monitoramento e controle do setor de energia.

De acordo com nota publicada no site da CCEE, o objetivo da parceria é desenvolver softwares e aplicativos para melhorar o desempenho e a integração dos sistemas, além de implementar o simulador de cálculos e estudos sobre os mecanismos de formação de preços. Os trabalhos serão realizados por meio do Projeto Meta, conduzido pelo MME.

Aliança Energia modernizará usinas em MG

A Aliança Energia vai investir aproximadamente R$ 30 milhões na modernização da Usina Hidrelétrica de Aimorés, na bacia do rio Doce, e da Usina Hidrelétrica de Funil, no Rio Grande, ambas em Minas Gerais. Com potencial de geração de 330 megawatts (MW) e 180 MW, respectivamente, as duas estruturas receberão novos sistemas de monitoramento de vibrações (SMV) e a substituição de equipamentos, como partes eletrônicas dos reguladores de velocidade e tensão (RV/RT) por reguladores integrados.

Segundo o diretor de Operação da Aliança Energia, Paulo Cruz, parte dessas demandas foi identificada durante diagnósticos e manutenções preventivas. Com essas melhorias, a empresa terá informações mais assertivas a respeito da saúde dos ativos, a fim de ancorar tomadas de decisão futuras. (Diário do Comércio)

Aneel abre inscrições para o seminário internacional “O futuro do consumidor de energia elétrica”, a se realizar em 5 de maio

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu inscrições para o seminário internacional “O futuro do consumidor de energia elétrica”, a se realizar em 5 de maio, das 9h às 18h, em São Paulo (SP). O evento reunirá representantes do governo e especialistas nacionais e internacionais para debater os novos perfis e papéis do consumidor de energia elétrica – marcados, cada vez mais, pelo protagonismo na definição dos rumos do setor elétrico.

As discussões de alto nível abordarão temas como tarifas, digitalização do setor elétrico, recursos energéticos distribuídos e teoria comportamental. Acesse aqui a programação completa e o formulário de inscrição gratuita para participação presencial no seminário.

Índia quer impulsionar importações de petróleo do Brasil, diz ministro do país

O portal de notícias G1 informa que a Índia, terceiro maior importador e consumidor de petróleo do mundo, está buscando impulsionar as compras de petróleo do Brasil, disse ontem (21/04) o ministro do Petróleo da Índia, Hardeep Singh Puri, após reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. As empresas estatais indianas Bharat Petroleum Corp e Oil and Natural Gas Corp têm feito investimentos no setor de exploração de gás e petróleo do Brasil.

México aprova lei para nacionalizar a exploração de lítio

O Valor Econômico informa que o Senado mexicano aprovou um projeto de lei proposto pelo governo para nacionalizar a exploração do lítio. O texto já havia passado pela Câmara dos Deputados e deve ser sancionado em breve pelo presidente do país, Andrés Manuel López Obrador. A nova lei diz que uma empresa estatal terá o direito exclusivo de explorar o lítio, um mineral considerado importante por ser usado em baterias de carros elétricos e outros dispositivos eletrônicos.

A companhia estatal ainda não existe, e o governo não tem experiência nesse tipo de exploração, ressalta a reportagem. A medida estava incluída em um projeto de reforma do setor elétrico, com a qual López Obrador queria ampliar o controle estatal no mercado. No entanto, o projeto foi barrado pela oposição na Câmara dos Deputados, onde o texto precisava de dois terços dos votos para avançar.

Em resposta à derrota legislativa, López Obrador apresentou, na sequência, uma proposta para nacionalizar a exploração do lítio. Diferentemente da reforma do setor elétrico, a medida requeria apenas maioria simples para ser aprovada, sem a necessidade de apoio da oposição, e tramitou com rapidez no Congresso.

PANORAMA DA MÍDIA

Reportagem do Valor Econômico mostra que empresas em recuperação judicial têm adotado a mediação para reduzir o tempo e o alto custo que processos dessa natureza podem alcançar. A Renova Energia optou, há poucos dias, pela modalidade. A lista inclui adeptos como o Hotel Maksoud Plaza e a rede de lojas Le Postiche. As três estão em recuperação judicial na Justiça de São Paulo. O instrumento pode ser uma solução rápida e de baixo custo para devedores e credores negociarem pendências e débitos, com o aval do Judiciário. Como o litígio termina na mediação, os gastos com honorários em geral, despesas judiciais e recursos podem cair de forma significativa.

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu perdão de pena ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 9 meses de prisão, em regime inicial fechado. Esse é o principal destaque da edição de hoje (22/04) dos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo.

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