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Petrobras anuncia aumento na produção de petróleo e gás no 1º trimestre do ano – Edição da Manhã

A Petrobras anunciou ontem (27/04) um aumento de 3,4% na produção média de óleo, LGN e gás natural no primeiro trimestre de 2022, em relação ao quarto trimestre de 2021. A empresa atingiu a marca de 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no primeiro trimestre de 2022.

De acordo com a companhia, este resultado se deu, principalmente, em razão da crescente produção (ramp-up) dos FPSOs Carioca (campo de Sépia) e P-68 (campos de Berbigão e Sururu), localizados no pré-sal da Bacia de Santos, e da entrada em operação de novos poços no pós-sal na Bacia de Campos. A produção no pré-sal bateu recorde mensal em janeiro de 2022, com 2,06 milhões de barris de óleo equivalente por dia; e recorde trimestral, 2,03 milhões de boed. Esse volume representa 72% da produção total da Petrobras, ante 71% no 4T21.

A Petrobras também alcançou 91% de fator de utilização total (FUT) do parque de refino na última semana de março de 2022. (Agência Petrobras)

Preço do gás natural sobe após Rússia anunciar corte à Polônia e Bulgária

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O preço de referência dos contratos futuros de gás natural negociados na Europa subiu 4,09%, a 107,42 euros (R$ 568,14) por megawatt-hora, ontem (27/04). Na véspera, a commodity já havia disparado 11,17%. A alta ocorre um dia após a companhia russa de energia Gazprom avisar às autoridades da Polônia e Bulgária que suspenderia a partir de ontem o fornecimento de gás.

Com a medida, os países se tornam os primeiros a ter o abastecimento do produto cortado pelo principal fornecedor da Europa desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro. (Folha de S. Paulo)

Pressão para migrar para fontes renováveis de energia

Reportagem do Valor Econômico mostra que a atual conjuntura, marcada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, ampliou a pressão pela adoção de tecnologias de eficiência energética. Para reduzir as importações de gás russo, a União Europeia, por exemplo, quer esticar em 9% a atual meta de economia de energia, que é de 32,5% até 2030.

A estratégia é mitigar os efeitos do conflito, reduzindo o consumo, enquanto acelera os projetos de migração para uma matriz concentrada em fontes renováveis. “Na transição para a economia de baixo carbono, investir em eficiência é tão importante quanto adotar novas fontes”, destaca Ivo Godoi Jr, sócio da prática de capital privado da consultoria Oliver Wyman.

Segundo ele, um conjunto de soluções está disponível e a aplicação delas se tornará cada vez mais comum. “Indicadores de consumo de energia já são usados até em análises para liberação de crédito. As exigências virão de todos os lados”, alerta. A tática do mercado financeiro se baseia na forte conexão entre uso de energia e a pegada de carbono das empresas. “Só reduz emissões quem controla bem os insumos”, complementa.

Defasagem maior da gasolina e do diesel pressiona novo comando da Petrobras

Reportagem da Folha de S. Paulo destaca que a recuperação dos preços internacionais dos combustíveis e a alta do dólar levaram a defasagem no preço do diesel brasileiro a níveis anteriores ao mega-aumento promovido pela Petrobras em março. A gasolina também está com defasagem elevada. Na análise do jornal, o cenário joga pressão sobre o novo presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, que assumiu na semana passada defendendo a política comercial da companhia, em um momento em que o preço da gasolina atinge patamares recordes nos postos.

Gás de cozinha representa 9,4% do salário mínimo e atinge maior média mensal do século

O preço do gás de cozinha, o GLP (gás liquefeito de petróleo), atingiu a maior média mensal real (descontada a inflação) do século 21, informa o jornal O Globo. Os botijões de 13 kg estão sendo vendidos no Brasil a um valor médio de R$ 113,48, valor que representa 9,4% do salário mínimo. Essa é a proporção mais elevada desde março de 2007, quando o botijão custava R$ 33,06 e o salário mínimo era de R$ 350.

Os dados são de levantamento do Observatório Social da Petrobras, organização ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e que monitora as políticas e ações da empresa. A pesquisa foi feita com base no preço médio mensal do GLP e na média de valores semanais para o mês de abril, divulgados na terça-feira (26/04) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

PANORAMA DA MÍDIA

Reportagem da Folha de S. Paulo mostra que a construção das 14 térmicas a gás contratadas no leilão de energia emergencial em outubro do ano passado, para garantir o abastecimento neste ano em caso de nova seca, está atrasada. A projeção é que nenhuma delas vai entrar em operação na data inicial prevista, 1º de maio. A informação, publicada hoje (28/04) em manchete pela Folha, está em destaque no site do jornal desde ontem.

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A prévia da inflação oficial de abril, o IPCA-15, divulgado ontem (27/04) – 1,73% – é o principal destaque da edição desta quinta-feira do jornal O Globo. Esse foi o maior índice para o mês desde 1995. Combustíveis e alimentos tiveram os maiores aumentos, mas a inflação está disseminada, atingindo oito dos nove grupos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A inflação chega a 12% em um ano.

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O Valor Econômico informa que há uma nova onda de reajustes de preços em segmentos ou categorias de consumo neste trimestre, sinalizando que os repasses dos primeiros meses do ano foram insuficientes para estancar os aumentos ao consumidor. Fabricantes relataram a investidores a necessidade de correções contínuas nas tabelas ao comércio, e varejistas receberam sondagens da indústria para reajustes de dígito alto entre abril e maio, conforme apurou a reportagem.

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Para bancar o crédito aos agricultores no Plano Safra no segundo semestre, o governo federal tem o desafio de encontrar no Orçamento uma nova fonte de recursos, conforme indica reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Com a escalada da alta dos juros, todo o dinheiro previsto para o programa neste ano foi utilizado no primeiro semestre e o caixa para a segunda metade do ano está zerado. A expectativa dos produtores é de um incremento de R$ 9 bilhões nos recursos previstos para bancar os juros na safra 22/23. Para resolver o problema deste ano, a equipe econômica quer negociar um aumento nas taxas de financiamento.

 

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