A soma da geração térmica e importação de energia chegou ao menor patamar desde o início das medidas de gestão da escassez hídrica. Até esta quinta-feira, 28 de abril, o Operador Nacional do Sistema (ONS) computou 5.225 MW médios no Sistema Interligado Nacional.
Tanto a geração térmica quanto a importação de energia devem ser zeradas a partir de maio. Isso porque, em 29 de abril, termina o prazo do despacho antecipado (60 dias) da termelétrica Santa Cruz, que opera a gás natural liquefeito, e que resultou em 544 MW. Já a importação de energia da Argentina e Uruguai só deverão ocorrer por substituição.
O término da medida considera a decisão do início do mês do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) que representa a retomada da operação ordinária no sistema e que refletirá na redução dos custos aos consumidores de energia, mantida a segurança do atendimento, dado o cenário de relevante melhora das condições de atendimento da região Sul e dos armazenamentos das hidrelétricas do país.
No caso da operação para recuperação dos reservatórios associada às condições hidrológicas verificadas no período úmido nas bacias dos rios Grande, Paranaíba e Paraná, permitiram acelerar a recuperação dos reservatórios, incluindo o da UHE Ilha Solteira.
Em Itumbiara, Furnas e Mascarenhas de Moraes, todos superaram 70% do volume útil dos reservatórios, conforme acordo pactuado. Já Serra da Mesa, Três Marias, Sobradinho, superaram 60% do volume útil, enquanto Ilha Solteira atingiu a cota de 325,4 metros, cerca de dois meses antes do prazo pactuado.
O único que não alcançou a meta foi o de Emborcação, ficando em 67,8% do volume útil, mas bem próximo da meta.
Os dados foram apresentados nesta quinta-feira, 28 de abril, durante reunião do Programa Mensal da Operação (PMO). No último mês, os especialistas do ONS demonstraram grande preocupação com o atendimento da região Sul.
No entanto, as afluências verificadas em abril, principalmente na bacia do Uruguai, estimularam a geração hidráulica na região e deixaram a operação favorável.
Já para o Sudeste, a política deve ser de manutenção dos armazenamentos, reduzindo a geração hidráulica, como preparação para o período seco e restante do ano. Na comparação com março, a geração hidráulica no subsistema Sudeste/Centro-Oeste foi 5.700 MW médios menor em abril, atingindo o total de 28.172 MW médios.