O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) elevou a previsão de crescimento da carga em maio no Sudeste/Centro-Oeste, refletindo as sinalizações de melhora na atividade econômica, principalmente nos setores de serviços e indústria. Os números foram apresentados nesta quinta-feira, 28 de abril, no primeiro dia da reunião do Programa Mensal da Operação (PMO).
A previsão atualizada indica uma carga de 39.910 MW médios em maio no submercado, o que representa alta de 2% na comparação com a carga do mesmo período do ano passado. Até o mês passado, a previsão era de crescimento de 0,9%. Para junho, a previsão também foi revista para cima, saindo de uma alta de 0,1% para crescimento de 1,5%, para 38.802 MW médios.
Em abril, os dados preliminares apontam para um crescimento de 3,6% da carga do Sudeste/Centro-Oeste, para 41.144 MW médios, já refletindo os sinais de retomada da economia, de acordo com o ONS, apesar do número menor de dias úteis no período.
Em 2022, a carga do Sudeste/Centro-Oeste deve ter crescimento médio de 1,6%, para 40.565 MW médios, acima da projeção apresentada na primeira revisão quadrimestral da carga deste ano, que indicava crescimento de 1,5%.
No Sul, a carga em abril retraiu 4,4% na comparação anual, para 11.444 MW médios, diante das temperaturas mais amenas registradas no período, com menor amplitude térmica, o que reduz o uso de energia elétrica para refrigeração.
Para maio e junho, as projeções foram mantidas em crescimentos de, respectivamente, 1,5%, a 11.720 MW médios, e 0,3%, a 12.313 MW médios. Em 2022, porém, o desempenho mais fraco da carga em abril resultou numa revisão para baixo da previsão de crescimento, que saiu de alta de 1,5% para 0,8%, a 12.215 MW médios.
No Nordeste, a carga subiu 0,7% em abril, a 11.264 MW médios, o que ficou abaixo do previsto devido aos dias mais chuvosos nas principais capitais do submercado.
Para maio, a carga prevista é de 11.305 MW médios, alta de 3,6%, percentual inferior à projeção do PMO passado, que era de 6,4%. Para junho, a previsão de carga foi mantida em 11.248 MW médios, o que representa alta de 3% na comparação com o mesmo mês de 2021. Em 2022, a previsão foi revista para baixo, saindo de uma alta de 1,7% para 1,2%, chegando a 11.594 MW médios.
No submercado Norte, desde março houve uma redução de cerca de 200 MW médios de um consumidor livre ligado à rede básica, o que afetou o desempenho da carga na região. A carga do Norte recuou 3,% em abril, a 5.851 MW médios.
Para maio, a expectativa continua sendo de queda, porém menos acentuada que a projetada no PMO anterior, que era de 3,1%. A carga projetada é de 5.880 MW médios, queda de 2,5%. Isso reflete a retomada gradual de outro consumidor que tinha reduzido a carga há “bastante tempo”, segundo o ONS. Para junho, ficou mantida a previsão de aumento de 1,5%, a 6.041 MW médios.
Para 2022, a projeção foi levemente elevada, saindo de crescimento de 5,2% para 5,4%, a 6.305 MW médios.
O desempenho da carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) reflete a conjunção desses fatores, com aumento de 1,2% em abril, a 68.896 MW médios.
Em maio, a previsão do PMO é de uma carga de 68.815 MW médios no SIN, alta de 1,8%, acima do aumento projetado anteriormente, de 1,5%. Para junho, a previsão é de alta de 1,5%, a 67.764 MW médios. A previsão anterior era de crescimento de 0,7%.
Em 2022, a carga do SIN deve crescer 1,6%, chegando a um montante de 70.680 MW médios. A primeira revisão quadrimestral da carga indicava uma carga média ligeiramente maior, de 70.739 MW médios neste ano, aumento de 1,8%.
