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WEG vê mercado de geração de energia aquecido e ainda não sente efeitos de novo lockdown na China

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A fabricante de máquinas e equipamentos brasileira WEG aposta em mais um ano de demanda positiva nos setores de geração eólica e solar fotovoltaica, disseram executivos da companhia durante teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre do ano com investidores e analistas.

Mesmo com a pressão das cadeias produtivas, a guerra da Ucrânia, o lockdown na China, a alta de juros no Brasil e a volatilidade do dólar e das commodities, a WEG manteve o padrão de dois dígitos de crescimento por trimestre e apresentou lucro de R$ 943 milhões, alta de 23,5% em relação ao mesmo período de 2021.

“A demanda vem sendo positiva para a WEG. O grande ponto aqui é a capacidade da empresa de se diferenciar, aproveitamos o início da pandemia em diversas regiões no mundo, graças ao nosso modelo verticalizado”, disse André Salgueiro, diretor financeiro e de relações com investidores da companhia. Segundo ele, essa verticalização dos seus processos permitiu uma integração da cadeia produtiva da companhia, minimizando problemas vistos globalmente pelas interrupções causadas pela pandemia.

No primeiro trimestre deste ano, a receita operacional líquida do segmento de geração, transmissão e distribuição de energia da WEG mais que dobrou, saindo de R$ 974,2 milhões para R$ 2,014 bilhões no período, refletindo crescimentos importantes em todos os negócios.

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Segundo a companhia, houve aumento na demanda por geração solar distribuída, já esperada devido a mudança da regulação do setor, assim como retorno das receitas de aerogeradores no trimestre. Em transmissão e distribuição, houve crescimento no volume de entregas, impulsionadas por subestações para projetos ligados aos leilões de transmissão, em conjunto com as vendas de transformadores para redes de distribuição e indústria.

Na teleconferência, Salgueiro disse que o mercado de geração distribuída está com desempenho positivo tanto no Brasil quanto no exterior. A aprovação do marco legal da GD em janeiro deste ano deixou o mercado ainda mais aquecido no país. O desafio, a partir de 2023, será manter o ritmo de crescimento.

“Sobre os conflitos externos, lockdown na China e guerra na Ucrânia, ainda é muito cedo para avaliar os impactos. Enquanto existir uma política de zero covid na China, sempre vai exigir a possibilidade de aumento de custos na cadeia de produção e de fretes”, disse.

Para a fonte eólica, a companhia está com uma carteira de encomendas até 2024, e a expectativa é que a demanda continue avançando no segmento.