Os acionistas da Vibra Energia aprovaram ontem (28/04), sem questionamentos, a chapa com os novos membros para compor o conselho de administração da companhia de combustíveis. A lista, encabeçada por Sergio Rial, presidente do conselho de administração do Santander Brasil, conta com Walter Schalka (Suzano), Nildemar Secches (ex- Perdigão), Fabio Schvartsman (ex- Vale), Ana Toni (ex-Greenpeace) e Clarissa Lins (Catavento e ex-Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
A lista, proposta pelas gestoras Bogari, Dynamo e Verde em fevereiro, conta com outros três conselheiros que já faziam parte do colegiado e foram mantidos – Carlos Piani, Mateus Bandeira e Pedro Ripper. (Valor Econômico)
Petrobras desiste de vender fábrica de fertilizantes para grupo russo Acron
A Folha de S. Paulo informa que a Petrobras desistiu de vender uma fábrica de fertilizantes em construção no Mato Grosso do Sul ao grupo russo Acron, interrompendo finalmente uma negociação que se estende por anos e já foi dada como fechada pelo governo.
A unidade, que reduziria a dependência brasileira de ureia e amônia, está com as obras paralisadas desde 2015, quando a Petrobras rompeu contrato com o consórcio construtor, formado pela chinesa Sinopec e pela construtora Galvão Engenharia.
Orçada inicialmente em R$ 3,2 bilhões, a obra está com avanço de 82%, e foi projetada como parte de um grande plano dos governos petistas para ampliar a produção nacional de fertilizantes, que acabou ficando no papel.
Brasil pode ser exportador em energia renovável, diz Enel
O presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, acredita que o Brasil tem potencial para exportar energia renovável e tecnologias relacionadas a esse setor. O executivo lembrou, em conversa com jornalistas na sede da companhia no Rio de Janeiro, na manhã de ontem (28/04), que o desenvolvimento do setor de energia eólica no Brasil, por exemplo, se deu com a produção de equipamentos no país.
“O Brasil tem um papel regional, é o país com mais capacidade de desenvolver indústrias na região. Baterias, por exemplo, também poderiam ser produzidas no Brasil, por que só ficar na China? É uma grande oportunidade para o desenvolvimento econômico do país e das empresas que estão aqui se colocar no amanhã. Ser ativo na transição energética é importante para desenhar o futuro”, apontou. Cotugno reconheceu que o país tem forte potencial para exportar energia renovável, por meio, por exemplo, do hidrogênio verde, que pode ser produzido a partir da geração de energia eólica em alto-mar (offshore), e exportado em navios. Apesar disso, a Enel Brasil não vislumbra investir nos segmentos de eólica offshore e hidrogênio verde por enquanto, diz Cotugno. Ele explicou que os preços dessas fontes ainda são muito mais altos do que de outras energias renováveis. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O Brasil foi líder, em 2021, na perda de florestas tropicais no mundo. Sozinho, ele respondeu por 40% da derrubada registrada, segundo dados da Global Forest Watch, ferramenta da organização não governamental WRI (World Resources Institute) em parceria com a Universidade de Maryland, nos EUA. Os dados foram publicados ontem (28/04).
Ao todo, as perdas de florestas tropicais primárias somam 3,75 milhões de hectares (37,5 mil quilômetros quadrados). No Brasil, segundo a plataforma, a perda foi de 1,5 milhões de hectares, ou 15 mil quilômetros quadrados, valor menor do que o documentado no ano anterior, mas maior do que os números de 2018 e 2019. (Folha de S. Paulo)
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O Valor Econômico informa que a retomada dos serviços com a redução do número de casos de covid-19 contribuiu para a recuperação das receitas das capitais no início deste ano não só em relação a 2021 como também ao período pré-pandemia. A soma das receitas correntes de 20 capitais alcançou R$ 39,6 bilhões no primeiro bimestre de 2022, com alta real de 4,6% em relação a igual período do ano passado e de 8,6% ante igual período de 2019. A arrecadação com o Imposto sobre Serviços (ISS), principal tributo recolhido pelos municípios, somou R$ 7,95 bilhões, com avanços reais respectivos de 8% e 20%, na mesma comparação. Os dados foram coletados pelo Valor a partir dos relatórios entregues à Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
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Pacheco e Lira saem em defesa do sistema eleitoral, anuncia a manchete da edição desta sexta-feira (29/04) do jornal O Globo. Ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o sistema eleitoral brasileiro, um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltar a levantar suspeitas infundadas sobre o assunto. Segundo Lira, posicionamentos contrários ao processo colocam em dúvida a legitimidade de todos os que conquistaram votos através das urnas, o que inclui parlamentares e o próprio presidente da República. Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também se manifestou ao afirmar que “não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições”.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que interesses pessoais e regionais de caciques partidários, disputas internas e a pressão do Palácio do Planalto minam a possibilidade de uma candidatura unificada no centro político. De acordo com a reportagem, a indefinição mantém em aberto a expectativa de parte do eleitorado que busca uma alternativa ao petismo e ao bolsonarismo.