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Ibitu Energia ganha prazo para iniciar operação de usinas solares, mas Aneel vai avaliar responsabilidade do agente

Ibitu Energia ganha prazo para iniciar operação de usinas solares, mas Aneel vai avaliar responsabilidade do agente

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) atendeu parcialmente um pleito da Ibitu Energia e permitiu o adiamento das datas de operação em testes e comercial da usina solar Caldeirão Grande, com 212 MW, para 11 de novembro deste no e 1º de fevereiro de 2023, respectivamente. Apesar de atendido o pedido de adiamento da data, o regulador determinou que a Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração (SFG) avalie a eventual responsabilização do agente sobre o descumprimento da outorga nos prazos originais. 

Originalmente, as outorgas foram dadas em 2013 a projetos de geração eólica com potência total semelhante, desenvolvidos pela Queiroz Galvão Energia, que entrou em recuperação judicial em 2018 e acabou tendo os ativos comprados pela gestora americana Castlelake em 2019, que montou a Ibitu.

Em março, a Aneel aprovou a alteração da fonte dos projetos para solar fotovoltaica, assim como a nova estrutura organizacional, dividindo os ativos nas UFVs Caldeirão Grande I a VII. A recomposição dos prazos das outorgas, contudo, foi rejeitada, e a Ibitu entrou com um recurso que foi apreciado na reunião desta terça-feira, 3 de maio.

Segundo a empresa, com a mudança de controlador, as obras foram retomadas, inclusive com a assinatura e pagamento dos Contratos de Uso do Sistema de Transmissão (Cust). A alteração dos cronogramas de implantação está relacionada, de acordo com a Ibitu, ao enquadramento dos projetos no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi).

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A portaria enquadrando as outorgas no Reidi foi dada em 2015, e terminou em agosto de 2020. Segundo a Ibitu, a revalidação do benefício pela Receita Federal depende da alteração da data da entrada em operação condizente com o avanço físico dos empreendimentos. Hoje, o auto autorizativo prevê a entrada em operação das usinas em março de 2019, e as datas pretéritas têm impedido a revalidação do regime de benefícios fiscais. 

“A empresa já avançou muito na obra, está em condição favorável, e não atender a alteração proposta inviabilizaria o usufruto do benefício do Reidi, que teria impacto considerável na viabilidade econômica do empreendimento”, disse o diretor Hélvio Guerra, relator do processo.

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