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Consórcio de especialistas vai estudar o melhor modelo de preços de energia no país, diz CCEE – Edição da Tarde

Em entrevista à Agência Infra, o presidente do conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Rui Altieri, afirmou que a discussão sobre formação de preços de energia no país carece de estudos mais robustos. Embalada pela análise do tema no Projeto de Lei 414/2021, que trata da modernização do setor, a CCEE firmou convênio com o Ministério de Minas e Energia para estudar o assunto.

“Nunca foi feito um estudo bem elaborado, com isenção, chamando bons especialistas. Nós estamos até com uma tomada de preços aqui aberta. Não vai ser só uma instituição que vai fazer, vai ser um consórcio de especialistas que vai tratar disso.”

Altieri avalia que os dois modelos – de formação de preço por custo e por oferta – “têm suas virtudes e suas questões que têm que ser elaboradas”. Segundo ele, a CCEE não tem preferência por um deles. Altieri afirma, porém, que caso haja uma mudança em relação ao modelo por custos, usado hoje, não deverá ser feita no curto prazo.

Na entrevista, o engenheiro comentou ainda sobre as novas regras de segurança aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o aprimoramento da fórmula de cálculo de preços avalizada pela Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico no começo do mês, e as expectativas de abertura de mercado e contratação de fontes.

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Câmara aprova urgência de projeto que suspende reajustes de energia

A Câmara dos Deputados aprovou, ontem (03/05) à noite, a urgência do projeto de decreto legislativo PDL 94/2022 que suspende a homologação do reajuste tarifário anual das distribuidoras de energia elétrica para 2022. A Aneel aprovou, em abril, reajuste médio de 17% para 13 distribuidoras em 11 estados.

O texto, de autoria do deputado Domingos Neto (PSD/CE), previa inicialmente a suspensão apenas do reajuste da Enel no Ceará — de 24,88%, o maior dentre as distribuidoras cujas tarifas foram revisadas pelo órgão regulador no mês passado. De acordo com o deputado, no entanto, a intenção acordada com os líderes e com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), é suspender os reajustes de todas as distribuidoras aprovados no processo tarifário de 2022 — e não apenas a do Ceará. As informações são do portal EPBR. 

Galp fecha contratos para 4,8 GW no Brasil

O grupo português Galp, tradicionalmente ligado à exploração de petróleo e gás natural, anunciou dois contratos para aquisição de uma carteira diversificada de projetos renováveis de até 4,8 GW a serem desenvolvidos no Brasil. O movimento mais do que duplica a capacidade global de geração e marca a expansão das operações da companhia para energia eólica no maior país da América do Sul.

Os acordos envolvem a SER Energia e potência total de 4,6 GWp em painéis fotovoltaicos por todo o Brasil, além de um cluster de 216 MW de parques eólicos em desenvolvimento no Nordeste pela Casa dos Ventos. O diretor de Operações de Energias Renováveis e Novos Negócios da Galp, Georgios Papadimitriou, disse em comunicado ao mercado, ontem (03/05), que o Brasil dinamizou o crescimento da empresa nos últimos 12 anos, por meio de projetos de produção no pré-sal, e que agora a fase é de “adicionar um novo motor de crescimento, alavancado no vasto potencial do Brasil nas renováveis, e a reequilibrar os nossos negócios no país em linha com as nossas ambições de transição para um modelo energético mais limpo”, comentou. (Canal Energia)

André Brandão é o novo presidente do BBCE

O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia Elétrica (BBCE) tem novo presidente: André Brandão, ex-presidente do Banco do Brasil e do HSBC no Brasil. Ele assume o cargo exercido por Carlos Ratto, que deixa a instituição em função do término do contrato de trabalho ao final de abril.

De acordo com informação do Canal Energia, Ratto manifestou desejo de deixar o BBCE após o encerramento do vínculo ainda em janeiro. Ratto ainda permanece no BBCE para um período de transição até 30 de junho.

Novo pedido do TCU eleva apreensão sobre venda da Eletrobras

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo, que interrompeu o julgamento da privatização da Eletrobras com pedido de vista do processo, solicitou mais detalhamento dos estudos e informações sobre o suposto conflito de interesse na contratação de uma consultoria. O ofício, ao qual o Valor Econômico teve acesso, define o prazo de cinco dias para resposta da estatal.

O questionamento volta a gerar nova apreensão no governo e na Eletrobras, com interesse de enviar o quanto antes a resposta para não dar margem para novo atraso da análise a pretexto de falta de informações consistentes para embasar a decisão. O julgamento deve ser retomado no dia 18.

Itaipu pode reduzir prazo de modernização

O diretor técnico brasileiro de Itaipu Binacional, David Krug, disse em entrevista que, embora o prazo para a modernização das 20 unidades geradoras de Itaipu seja de 14 anos, o contrato permite e a empresa tentará reduzir esse prazo ao longo do processo. “Vamos tentar reduzir esse prazo, mas com segurança”, afirmou.

Segundo Krug, a segurança foi justamente o principal motivo para que a empresa decidisse por um prazo tão longo para a realização dos trabalhos. “Demos esse prazo por prudência”, afirmou. A modernização de Itaipu está orçada em US$ 960 milhões (cerca de R$ 4,9 bilhões ao câmbio de segunda-feira, 02/5) e o contrato principal da obra, de US$ 649,3 milhões (cerca de R$ 3,3 bilhões) foi assinado na semana passada, com três consórcios liderados pela brasileira GE e pelas paraguaias Tecnoedil e CIE. Os demais serviços, totalizando cerca de US$ 311 milhões (cerca de R$ 1,57 bilhão), estão em processo de licitação.

Os contratos vão cuidar, basicamente, da troca dos equipamentos de controle e proteção das UGs de analógicos por digitais, além da modernização da infraestrutura operacional e da modernização da subestação do lado paraguaio. (portal Energia Hoje)

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Selic, a taxa básica de juros do país, deve subir para 12,75% nesta quarta-feira (04/05), em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). De acordo com especialistas ouvidos pela reportagem, o cenário econômico deve levar o Banco Central (BC) a retirar a sinalização de fim do ciclo de aperto monetário em maio. A mediana do mercado indica Selic terminal de 13,25%, mas as estimativas vêm subindo – o banco Credit Suisse, por exemplo, já fala em Selic a 14%.

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O Federal Reserve (Fed) – o Banco Central dos Estados Unidos – deve elevar a taxa de juros americana hoje (04/05), informa o jornal O Globo. A estimativa é de elevação em 0,5 ponto percentual. Será a segunda elevação desde 2018.

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