A Johnson Controls divulgou os resultados da 15ª Pesquisa Anual de Indicadores de Eficiência Energética, que aponta que 53% das organizações brasileiras estão interessadas em direcionar mais investimentos em eficiência energética, energia renovável ou tecnologia de edifícios inteligentes nos próximos 12 meses.
De acordo com a pesquisa, a instabilidade no abastecimento global de energia, somada à ameaça sanitária da pandemia e aos eventos naturais destrutivos, foram os incentivos para o interesse de empresas ao redor do mundo.
Katie McGinty, vice-presidente e diretora de sustentabilidade e assuntos regulatórios na Johnson Controls, afirma que tais estratégias são necessárias para o sucesso dessas empresas.
“Tecnologias inovadoras de bombas de calor e ofertas Net Zero as a Service são ferramentas cruciais para líderes que desejam ficar à frente dos desafios e oferecer novas oportunidades a seus negócios ou organizações”, afirmou.
O relatório, que se baseou em entrevistas com 1.000 participantes em todo o mundo, entre novembro e dezembro de 2021, aponta que dois terços dos participantes têm dificuldade em escalar iniciativas sustentáveis em edifícios, regiões geográficas ou unidades de negócios.
Companhias internacionais
A pesquisa englobou ainda 62% de organizações ao redor do mundo que esperam aumentar os investimentos em eficiência energética, energia renovável ou tecnologia de edifícios inteligentes em 2022.
As companhias americanas desejam ainda obter edifícios com emissões nulas em termos de energia ou carbono nos próximos dez anos, e planejam implementar melhorias nos sistemas de controle de prédios, energia renovável local e nos processos de gerenciamento de energia.
Já na Europa, as empresas buscam certificações de edifícios verdes, e pedem definição de metas públicas para incentivar à redução de emissão de carbono, como já ocorre no Reino Unidos, que libera com 46% de metas estabelecidas.
Segundo o relatório, a França, o Japão e o Reino Unidos são os países que preveem maiores investimentos nesses quesitos. A maioria das empresas entrevistadas já possuem certificação verde para edificações.
Barreiras para escalar os esforços de sustentabilidade
Segundo o relatório, nos últimos cinco anos, ocorreu um crescimento em investimentos na geração ou armazenamento de energia, como resposta à meta global de descarbonização.
Porém, quase metade dos entrevistados afirmaram que sua principal dificuldade é a falta de recursos para financiar as melhorias (25%) ou a incerteza quanto ao retorno do investimento (23%). Também foi apontada a falta de tecnologia como um dos obstáculos aos esforços de escalonamento da sustentabilidade.
Embora a transformação em escala global seja necessária para corrigir o curso das mudanças climáticas, as organizações enfrentam barreiras para realizar iniciativas de sustentabilidade.
A pesquisa ressalta que políticas públicas baseadas em metas de eficiência energética desempenham um importante papel. Para 85% e 72% dos entrevistados, benchmarking/certificações de desempenho e padrões colaboram para esforços, respectivamente.