O presidente Jair Bolsonaro (PL) trocou o comando do Ministério de Minas e Energia nesta quarta-feira (11/05). Bento Costa Lima Leite de Albuquerque foi exonerado, a pedido, e foi substituído por Adolfo Sachsida. As infomações estão na edição de hoje do “Diário Oficial da União (DOU)”.
O portal de notícias G1 destaca que no último dia 5, Bolsonaro citou o ministro Bento Albuquerque e o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, ao reclamar de reajuste no preço do diesel para as refinarias. “Vocês não podem, ministro Bento Albuquerque e senhor José Mauro, da Petrobras, não podem aumentar o preço do diesel. Não estou apelando, estou fazendo uma constatação levando-se em conta o lucro abusivo que vocês têm. Vocês não podem quebrar o Brasil. É um apelo agora: Petrobras, não quebre o Brasil, não aumente o preço do petróleo. Eu não posso intervir. Vocês têm lucro, têm gordura e têm o papel social da Petrobras definido na Constituição”, afirmou.
Cinco dias depois, a estatal reajustou em 8,87% o diesel para as distribuidoras. O valor médio do litro vendido pela petroleira subiu de R$ 4,51 para R$ 4,91. A alta nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha tem contribuído para pressionar os preços dos demais produtos, o que gera críticas ao governo e a Bolsonaro, que é pre-candidato à reeleição. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 11,3% no acumulado em 12 meses até março. Já são 7 meses seguidos com a inflação anual acima dois dígitos.
Energisa vai agrupar distribuidoras em MG, RJ e na PB
O Canal Energia informa que a Energisa solicitou autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para agrupar as áreas de concessão das distribuidoras de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraíba. As propostas prevêem a junção da Energisa MG com a Energisa Nova Friburgo, e da Energisa Paraíba com a Energisa Borborema.
A fusão, segundo a empresa, vai possibilitar redução dos custos de operação, melhoria nas condições de atendimento e modicidade tarifária. Os processos passarão por consulta pública entre 12 maio e 26 junho, com reuniões presenciais em Cataguases (MG), terra de origem do grupo empresarial, e em Campina Grande (PB), em datas a serem definidas.
SolFácil, que financia energia solar a consumidores, capta R$ 500 milhões em rodada com Softbank
A Solfácil, fintech de financiamento de energia solar, anunciou nesta quarta-feira (11/05) ter recebido um aporte de US$ 100 milhões (R$ 500 milhões na época de assinatura do investimento) liderado pelo QED, fundo de venture capital especializado em fintechs.
A rodada foi acompanhada pela divisão de investimentos do conglomerado japonês de telecomunicações SoftBank (Contabilizei, Mercado Bitcoin) e pelas gestoras Valor Capital Group (Olist, Pipefy) e VEF (Creditas, Guiabolso). (portal InfoMoney)
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Globo informa que empresários brasileiros enviaram ontem (10/05) ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, uma carta pedindo apoio à lei que cria um fundo de US$ 9 bilhões destinado à preservação ambiental em acordos bilaterais com diversos países. A proposta está em discussão no Congresso americano. A carta foi assinada por 23 empresas brasileiras.
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O jornal O Estado de S. Paulo traz como principal destaque da edição de hoje (11/05) a informação de que as articulações do centrão para aprovar no Congresso um projeto que prevê aporte de R$ 100 bilhões na construção de gasodutos contam com o apoio do Palácio do Planalto. Sob o argumento de que a proposta concentrava “a destinação de recursos públicos em infraestrutura, que deveria ter seus investimentos promovidos pelo setor privado”, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a ser contra o plano, mas mudou de ideia. O novo entendimento ocorreu depois que Bolsonaro se assumiu como integrante do centrão, segundo a reportagem. Agora, se a proposta não for adiante por meio de emenda parlamentar, o governo já planeja publicar uma medida provisória que viabilize a construção dos gasodutos, segundo interlocutores do presidente.
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O Valor Econômico informa que o lucro das seis principais estatais no ano passado renderá R$ 46 bilhões em receita primária para o governo federal, segundo o Ministério da Economia. Em 2021, Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Correios e Eletrobras apresentaram resultado líquido positivo de R$ 186 bilhões.