O lucro líquido da Taesa ficou praticamente estável no primeiro trimestre de 2022, com leve alta de 0,7%, a R$ 559,9 milhões.
O resultado, calculado de acordo com as regras contábeis internacionais (IFRS), refletiu um aumento de 37% na receita de operação e manutenção, por conta do reajuste inflacionário do novo ciclo da receita anual permitida (RAP) 2021/2022, e pela entrada em operação da linha de Janaúba em setembro do ano passado.
No outro lado, esses efeitos foram parcialmente compensados por menores investimentos em empreendimentos em construção, pelo IGP-M menor registrado entre os períodos comparados, que afetou negativamente a receita de correção monetária de algumas concessões da companhia, e pelo aumento de 24,6% nas despesas financeiras líquidas, por conta do aumento dos juros e da inflação.
A receita líquida IFRS da companhia recuou 12,4% no trimestre, para R$ 795,6 milhões, refletindo esses fatores já citados.
Além do IFRS, a companhia também divulgou os resultados regulatórios, que seguem diferentes regras contábeis e são considerados pelas transmissoras mais aderentes com o retrato financeiro atual.
Nesse tipo de contabilização, a receita representa de fato os recebimentos da companhia, refletindo seu fluxo de caixa. Os investimentos são reconhecidos no balanço patrimonial como ativo imobilizado.
Na contabilização IFRS, os investimentos são reconhecidos no balanço patrimonial como ativo financeiro. A distribuição de proventos aos acionistas e o pagamento de impostos leva em conta o IFRS.
O lucro líquido regulatório da Taesa cresceu 35,6% no período, a R$ 146,2 milhões, enquanto a receita líquida cresceu 36,2%, a R$ 526,1 milhões, devido ao reajuste inflacionário do novo ciclo da RAP e a entrada em operação de Janaúba. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) regulatório cresceu 43,5%, a R$ 454,4 milhões.