A Cemig espera concluir ainda neste ano a venda de ativos, principalmente os localizados fora de Minas Gerais, afirmou Reynaldo Passanezi, presidente da companhia, durante teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre do ano.
Uma das prioridades é a venda da participação da companhia na transmissora Taesa até o final do ano. Segundo Marco Soligo, diretor de Participação da Cemig, a empresa está “empenhada” nisso, desinvestimento que reforçará o compromisso da estatal em concentrar sua atuação nos negócios essenciais e em investir no estado de Minas Gerais.
As vendas de ativos podem ainda “reduzir fracassos”, segundo Passanezi, além de “eliminar riscos de recuperação judicial”. O executivo referiu-se à venda da participação do grupo na Renova Energia, concluída na semana passada, por R$ 60 milhões.
Financeiro do trimestre
No primeiro trimestre de 2022, a Cemig teve um lucro líquido de R$ 1,455 bilhão, resultado 244,6% superior ao observado no mesmo período do ano passado. O crescimento refletiu, entre outros fatores, o resultado financeiro líquido da Cemig de R$ 315 milhões no trimestre, contra uma despesa líquida de R$ 1,2 bilhão que pesou nos resultados do primeiro trimestre do ano passado. O resultado financeiro positivo foi possível pela queda do dólar na comparação anual, além da variação negativa do valor justo do instrumento financeiro contratado para mitigar os riscos da companhia com a emissão de dívida em moeda estrangeira.
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Entre janeiro e março, a receita líquida somou R$ 7,847 bilhões, alta de 10,4%. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 3,9% no trimestre, totalizando R$ 1,917 bilhão.
Mais investimentos e receitas
Leonardo Magalhães, diretor financeiro da Cemig, comentou na teleconferência que a companhia está tentando acelerar o programa de investimentos na distribuidora neste ano, visando a revisão tarifária que ocorrerá em 2023. Em 2022, a companhia prevê direcionar R$ 3,22 bilhões para distribuidora, de um plano total de investimentos de R$ 3,97 bilhões.
De acordo com Magalhães, a alienação da participação Renova Energia, concluída neste mês, terá um efeito total de R$ 372 milhões sobre o resultado da Cemig no segundo trimestre.
