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Biogás cresce exponencialmente e busca se impor entre as fontes de energia – Edição da Tarde

Reportagem do Valor Econômico destaca a ascensão do biogás na matriz energética brasileira. O insumo sempre foi visto como uma fonte energética de nicho, precisando encontrar espaço na matriz como alternativa viável para a produção de energia, seja elétrica, seja térmica. Porém, nos últimos anos, o cenário para o biocombustível tornou-se mais favorável devido a um conjunto de fatores que englobam decisões regulatórias, exigências ambientais e custos decrescentes de produção.

Dados divulgados recentemente pelo CIBiogás mostram crescimento exponencial da fonte nos últimos cinco anos, passando de 271 usinas em 2017 para 755 em 2021 (dado mais recente disponível). Elas produziram 2,3 bilhões de m³ de biogás e a expectativa é de um aumento de 22% na oferta, com a entrada em operação de 56 centrais que estão em operação ou reforma.

“Os 4% de plantas em implantação correspondem a 15% do volume de biogás, sugerindo um maior porte nas novas plantas”, disse Karina Navarro, integrante da equipe técnica do CIBiogás – Centro Internacional de Energias Renováveis, no estudo denominado Panorama do Biogás no Brasil em 2021. O potencial técnico estimado é de 120 milhões de m³, segundo estimativas da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás).

Dados da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), com base em informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicam que até abril deste ano, o país contava com 51 usinas movidas a biogás, com 379 MW. Além da geração distribuída (usinas com até 5 MW de capacidade instalada), empreendimentos de maior porte também vêm se viabilizando.

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A reportagem explica que no ano passado, usinas do tipo puderam participar pela primeira vez nos leilões regulados (para atender aos mercados das distribuidoras), com contratação de usina com potência instalada de 16 MW – o segundo leilão que a fonte participa será realizado em setembro. A tendência, ou a expectativa do setor, é de que as usinas a biogás repitam o desempenho de eólicas e solares, que tiveram subsídios e hoje já acumulam capacidade instalada relevante no país.

Demanda por contratos de longo prazo de GNL aquece e preços sobem

A demanda por acordos de longo prazo de gás natural liquefeito (GNL) ganhou um novo impulso este ano, na medida em que a Europa busca reduzir a dependência do gás da Rússia. Conforme explica reportagem do portal EPBR, diante do aquecimento do mercado, fornecedores globais da commodity estão aumentando o peso do petróleo na indexação dos novos contratos e os preços estão subindo. O cenário torna o contexto mais difícil para a abertura do mercado brasileiro, via GNL.

Dentro da nova dinâmica do mercado, segundo analistas, os Estados Unidos e a África despontam como potenciais fornecedores para a União Europeia. De acordo com a consultoria Wood Mackenzie, consumidores finais já assinaram em 2022 contratos da ordem de 10 milhões de toneladas / ano e os preços da commodity indexados ao petróleo estão em alta. A consultoria destaca que os volumes de contratação de GNL de longo prazo atingiram em 2021 os níveis mais altos dos últimos cinco anos e que o impulso continua em 2022.

Cemig pretende investir cerca de R$ 3 bilhões em 2022

A Companhia Energéticas de Minas Gerais (Cemig) anunciou em teleconferência realizada nesta segunda-feira (16/05), que investiu R$ 500 milhões no primeiro trimestre 2022, 39% superior ao mesmo período de 2021, apesar das dificuldades enfrentadas na cadeia de suprimentos e pressões de aumento de custos. “A Cemig pretende investir cerca de R$ 3 bilhões em 2022. Estamos otimistas para os investimentos que estamos realizando. É um programa ambicioso”, disse o presidente da estatal elétrica, Reynaldo Passanezi Filho.

Do total investido no 1T22, R$ 423 milhões foram destinados a distribuição, R$ 51 milhões em transmissão, R$ 14 milhões em geração e R$ 11 milhões em investimentos na Gasmig. Além disso, a companhia afirmou que pretende investir R$ 22,5 bilhões em Minas Gerais até 2050. A Cemig reportou um lucro líquido de R$ 1,46 bilhão no 1T22, um crescimento de 245% em relação ao primeiro trimestre de 2021, quando registrou R$ 422 milhões. (Canal Energia)

Bolsonaro quer trocar diretorias da Petrobras sem relação com preço de combustível

O Valor Investe, portal de informações sobre investimentos do Valor Econômico, destaca que a troca do titular da pasta de Minas e Energia não encerrou o plano do presidente Jair Bolsonaro Jair Bolsonaro de interferir na Petrobras. Além do presidente da companhia, José Mauro Coelho, mais três diretores da empresa estão na alça de mira: o financeiro, o de tecnologia e o de relações institucionais, informa o portal.

Executivos da companhia e funcionários graduados do governo confirmaram à equipe da coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo, a intenção do presidente. Segundo a jornalista, com exceção da financeira, as outras diretorias não têm relação com o preço dos combustíveis. Por isso, a insistência do presidente em tirar os titulares de seus cargos desperta suspeitas em técnicos da Petrobras que Bolsonaro esteja querendo usar a alta dos combustíveis para aparelhar politicamente a empresa.

O presidente já tenta nomear os diretores de Tecnologia e de Relações Institucionais desde a gestão do general Joaquim da Silva e Luna. Enquanto esteve no comando, Silva e Luna resistiu às investidas. Com sua saída e a entrada de José Mauro Coelho na companhia, a pressão recrudesceu. Na Petrobras, os diretores são indicados pelo presidente, mas precisam ser ratificados pelo conselho. O mandato é de dois anos, com possibilidade de ter até três reconduções. Só que, agora, Bolsonaro passou a querer também a saída do diretor financeiro e de relações com investidores, Rodrigo Araújo.

PANORAMA DA MÍDIA

O setor público consolidado (governo central, estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) fechou as contas no azul em R$ 4,312 bilhões em março, informou nesta segunda-feira (16/05) o Banco Central. O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública.

O superávit primário consolidado de março ficou dentro do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que iam de déficit de R$ 12 bilhões a superávit de R$ 10 bilhões. A maioria esperava resultado negativo em R$ 3 bilhões.

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Dados divulgados nesta segunda-feira (16/05) mostram novos sinais de desaquecimento econômico na China, com quedas nas vendas no varejo e na produção industrial. O país tem praticado política de tolerância zero contra a covid-19, com cidades completamente fechadas, o que significa a redução da atividade na segunda maior economia do mundo. As vendas no varejo na China recuaram 11,1% em abril na comparação anual de abril, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) divulgados hoje. A produção industrial local também caiu em abril, com recuo de 2,9% na comparação anual. (O Estado de S. Paulo)

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