A Eneva estuda a possibilidade de negociar energia do complexo termelétrico a gás natural de Azulão (AM) no leilão de contratação compulsória de termelétricas, previsto para ocorrer em setembro, afirmou o diretor de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da Eneva, Marcelo Cruz Lopes, nesta segunda-feira, 16 de maio. Segundo ele, o complexo também poderá participar do leilão de reserva de capacidade, previsto para o fim do ano.
“Nós vínhamos trabalhando no projeto de ampliação do complexo de Azulão, para poder chegar a até 1 gigawatts (GW). Seria Azulão 2 e o fechamento de ciclo de Azulão 3. Com o aumento da oferta de gás, e a depender de como vêm as condições dos próximos leilões, nós podemos avançar e tentar acelerar ainda mais o desenvolvimento desse complexo termelétrico”, disse o executivo, durante teleconferência com analistas sobre o resultado da empresa no primeiro trimestre.
“Seja para o leilão da Eletrobras [contratação compulsória de 8 GW de térmicas, prevista na Lei 14.182/2021, que trata da privatização da Eletrobras], previsto para setembro, seja para o leilão de capacidade, nós entendemos que haverá algumas boas oportunidades para monetizar esse gás com destinação ao setor elétrico”, completou o executivo.
No fim do ano passado, a Eneva venceu o primeiro leilão para contratação de reserva de capacidade do país, com os empreendimentos Azulão e Parnaíba IV (MA).
Azulão tem capacidade instalada de 295 megawatts (MW) e investimento previsto de R$ 1,3 bilhão. Pelo contrato negociado no leilão, o projeto firmou compromisso para início de entrega de energia em julho de 2026.
No primeiro trimestre, a Eneva apurou lucro líquido de R$ 184,8 milhões, com queda de 9%, em relação a igual período do ano passado.