Economia e Política

‘A ficha caiu para o mundo’, diz Guedes sobre interesse de EUA e Europa no Brasil para segurança energética

O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

A crise econômica provocada pelos efeitos da pandemia da covid-19 e agora acentuada com a guerra da Rússia na Ucrânia, levou os Estados Unidos e países europeus a repensarem na posição estratégica do Brasil para promover segurança energética e alimentar. O relato é do ministro da Economia Paulo Guedes, que disse ter participado de encontros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em que esse interesse ficou claro.

“Estou muito confiante que a situação do Brasil lá fora mudou radicalmente. Tem muito barulho político, mas o que está acontecendo nos ambientes que decidem, é que o Brasil é uma potência verde, em energia e segurança alimentar”, falou o ministro da Economia.

Num desses encontros, Mathias Cormann, secretário-geral da OCDE, teria dito a ele que o país precisava reverter a posição negativa de poluidor, mesmo que não em emissões de gases de efeito estufa, mas como país com desmatamento em alta e garimpo ilegal, por meio de indicativos que os países do G20 iriam precisar do Brasil futuramente.

“Eles jogaram o alerta durante um almoço que participei da OCDE em Paris, que agora mudou a configuração”, disse Guedes sobre a mudança de visão dos demais países sobre o Brasil. Ele acrescentou que recebeu uma pressão construtiva, “sobre poderem contar com o Brasil para segurança energética e alimentar”.

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“Houve uma ruptura nas grandes cadeias de produção, primeiro a pandemia e depois a guerra, de segurança alimentar e energética”, falou Guedes.

Em outra ocasião, em viagem a Washington, o ministro disse que autoridades americanas falaram que essas crises também mostraram que o país seria um importante parceiro pela proximidade geográfica.

O ministro da Economia ainda declarou que quando falou sobre ‘choque de energia barata pelo gás natural’ não poderia prever essa ruptura da cadeia produtiva e de energia, bem como da inflação mundial subjacente, por um lado pela pandemia, por outro, pela guerra.

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