A indústria de veículos elétricos registou a venda de dois milhões de carros da categoria no primeiro trimestre de 2022, quantidade 75% superior aos registrado no mesmo período do ano anterior, quando também bateu recorde de 6,6 milhões de vendas no acumulado dos 12 meses.
Os dados são do relatório anual da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) que apontam a velocidade da indústria, apesar das tensões nas cadeias globais de suprimento.
Com a expectativa de manutenção do ritmo de vendas, a agência indica a necessidade esforços para diversificação na fabricação de baterias e no suprimento de minerais necessários para a fabricação, para evitar gargalos e alta nos preços.
Em 2021, os mercados que alavancaram as vendas foram: China, que quase triplicou o volume para 3,3 milhões; Europa, que aumentou as vendas em 65%, para 2,3 milhões; e os Estados Unidos, que mais que dobrou seu mercado com 630 mil vendas.
O número de carros elétricos nas estradas do mundo até o final de 2021 era de cerca de 16,5 milhões, o triplo do valor de 2018.
Segundo o estudo da IEA, a manutenção de políticas governamentais tem sido uma das principais razões para as fortes vendas de carros elétricos em muitos mercados. No último ano, os subsídios e incentivos chegaram a cerca de US$ 30 bilhões.
“Poucas áreas da nova economia global de energia são tão dinâmicas quanto a dos veículos elétricos. O sucesso do setor em estabelecer novos recordes de vendas é extremamente encorajador, mas não há espaço para complacência”, disse Fatih Birol, diretor-executivo da IEA.
“Os formuladores de políticas, executivos do setor e investidores precisam estar altamente vigilantes na estratégia para reduzir os riscos de interrupções no fornecimento e garantir o fornecimento sustentável de minerais críticos”, completou Birol.
Caminhões
Enquanto quase 10% de todos os carros vendidos no mundo em 2021 foram de elétricos, o número de vendas globais de caminhões foi de apenas 0,3%. O relatório da IEA aponta que essa participação precisaria aumentar para cerca de 10% até 2030 para alcançar um cenário alinhado com os compromissos climáticos, e de 25% até 2030 no cenário de emissões zero líquidas da IEA até 2050.