MegaExpresso

Governo planeja trava para evitar reajustes da Petrobras em ano eleitoral – Edição da Manhã

A Folha de S. Paulo informa que o governo discute a criação de um mecanismo para evitar que a Petrobras reajuste preços de combustíveis após a nova troca no comando da empresa e a menos de cinco meses das eleições.

Duas medidas ainda em estudo foram mencionadas por membros do governo nos últimos dias à Folha. Um delas estabeleceria faixas para o preço internacional do petróleo – e, caso o preço do barril varie dentro dos valores delimitados, a empresa não poderia fazer reajustes.

Para exemplificar a medida, é citado entre membros do governo um intervalo hipotético de US$ 85 a US$ 125 para o barril de petróleo. A ideia é que, se o preço internacional variar apenas dentro da faixa, a Petrobras ficaria impedida de praticar reajustes – sendo autorizada apenas caso a cotação ultrapassar o teto da banda.

Conselho da Petrobras se reúne amanhã e deve convocar assembleia para eleger novo colegiado

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

O conselho de administração da Petrobras tem reunião ordinária na quarta-feira (25/05) e deve aproveitar o encontro para convocar a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da companhia que vai se encarregar de fazer nova eleição para o colegiado da petroleira. A eleição será necessária depois da decisão do governo, anunciada na noite de ontem (23/05), de destituir José Mauro Coelho, presidente da Petrobras.

É o terceiro presidente da Petrobras, a maior empresa brasileira, a ser demitido do cargo em pouco mais de um ano. Oito dos 11 conselheiros da companhia terão que passar por nova eleição na AGE, que deve ser realizada no fim de junho.

No ofício encaminhado na noite de ontem pelo Ministério de Minas e Energia ao presidente do conselho de administração da Petrobras, Márcio Weber, o MME pede a convocação de AGE para destituir e eleger “membro do conselho de administração” da companhia. Na Petrobras, antes de ser eleito presidente, o executivo indicado para o cargo pelo governo precisa ser escolhido conselheiro de administração em assembleia geral de acionistas. (Valor Econômico)

Demissão na Petrobras é espantosa e reforça tese de objetivo eleitoreiro, diz ex-diretora da ANP

A ex-diretora geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entre 2012 e 2016, Magda Chambriard, classificou a demissão do presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, como “espantosa” e disse que a posição da União, acionista majoritária da empresa, traz risco “muito grande” ao corpo de acionistas por expor “total desorganização do país e falta de previsibilidade” no comando da estatal. Ela afirma que decisão, tornada pública ontem (23/05) à noite, reforça a tese de que o presidente Jair Bolsonaro age com fins eleitoreiros. (O Estado de S. Paulo)

Associação quer meia Itaipu de hidrelétricas de pequeno porte até 2031

O Valor Econômico informa que a Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas (ABRAPCH) defende a implantação de 7.000 megawatts (MW) de energia proveniente de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE – 2031) divulgado Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE).

Em equivalências energéticas, o montante é igual à metade da potência da hidrelétrica de Itaipu Binacional (14000 MW), a segunda maior geradora de energia do planeta. Por lei, uma PCH tem até 30 MW de potência, mas novos empreendimentos hídricos têm a resistência de órgãos ambientais pelo impacto ambiental que reservatórios podem causar, conforme ressalta a reportagem.

Do modo como está, o documento propõe um acréscimo de 3.300 MW de PCHs, sendo 500 MW em construção e o acréscimo de novos 800 MW até 2026, além de 400 MW anuais a partir de 2027. Nestes quantitativos estão incluídos ainda os 2.000 MW previstos na Lei 14.182 de capitalização da Eletrobrás, a serem contratados em futuros leilões A-5 e A-6. Para a entidade, o ideal seria um incremento de 3.700 MW além do que está proposto pelo PDE até 2031. Ao todo, seriam 300 MW em 2023, outros 400 MW em 2024, 500 MW em 2025, para 2026 mais 800 MW e 1.000 MW anuais a partir de 2027, além dos 2.000 MW inseridos na privatização da Eletrobras.

Onda devastadora de calor na Ásia é prenúncio do que está por vir, aponta estudo

A devastadora onda de calor que assolou a Índia e o Paquistão nos últimos meses se tornou mais provável devido às mudanças climáticas, de acordo com um estudo realizado pelo grupo de cientistas, World Weather Attribution, divulgado ontem (23/05), conforme indica reportagem do Valor Econômico.

Segundo a pesquisa, o que aconteceu no sul da Ásia nos últimos meses é um “sinal do que está por vir”. O grupo analisou anos de dados climáticos e concluiu que as ondas de calor longas e precoces que afetam grandes áreas geográficas são eventos raros que deveriam acontecer apenas uma vez por século. Porém, o nível atual do aquecimento global tornou essas ondas de calor 30 vezes mais prováveis. Se o aquecimento global aumentar a temperatura do planeta em 2 graus Celsius, ondas de calor como a que aconteceu na Índia podem ocorrer duas vezes em um século e até uma vez a cada cinco anos, disse Arpita Mondal, cientista do clima do Instituto Indiano de Tecnologia de Mumbai, que fez parte do estudo.

PANORAMA DA MÍDIA

A demissão de José Mauro Coelho do comando da Petrobras é o principal destaque da edição desta terça-feira (24/05) dos jornais O Estado de S. Paulo e Valor Econômico. O Estado enfatiza que essa é a primeira de uma série de mudanças que o governo vai fazer na petroleira. Além de demitir Coelho, o ministro de Minas Energia, Adolfo Sachsida, vai fazer mudanças no conselho de administração da estatal.

A reportagem do Estadão explica que o conselho foi montado pelo ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, almirante de esquadra que foi demitido por Bolsonaro logo após o anúncio do reajuste do óleo diesel. A saída de Coelho abre caminho também para mudanças na diretoria da empresa. A Petrobras estava perto de anunciar novo reajuste de gasolina e Bolsonaro quer evitar novos aumentos neste momento de alta volatilidade do preço internacional.

O Valor lembra que Roberto Castello Branco, Joaquim Silva e Luna e agora Coelho caíram pela mesma razão: por tentarem manter os preços internos dos combustíveis alinhados às cotações do mercado internacional. Bolsonaro busca, desde o começo da gestão, interferir na política de preços da estatal. Como não obtém sucesso, opta por demitir os presidentes da Petrobras. Nas últimas semanas, Coelho enfrentava pressão do governo após a companhia ter reajustado o preço do diesel em 8,87%, no dia 10.

*****

Os jornais O Globo e Folha de S. Paulo trazem como principal destaque da edição de hoje (24/05), a desistência do ex-governador de São Paulo, João Doria, de concorrer à presidência da República. De acordo com a reportagem da Folha, Doria cedeu a pressões da cúpula do seu partido (PSDB), que pretende anunciar apoio à senadora Simone Tebet (MDB-MS) e consolidar uma candidatura única da chamada terceira via.

O jornal O Globo ressalta que, sem candidato à presidência pela primeira vez, PSDB perdeu 75% da bancada desde o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.