A Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas (Abrapch) defende um incremento de 100%, até 2031, na produção de energia proveniente de pequenas usinas hidrelétricas. O acréscimo significa 3,7 GW a mais do que o previsto no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2031), que já considerou os 2 GW previstos pela lei de capitalização da Eletrobras.
Para a associação é possível fazer o incremento obedecendo um cronograma compatível com os empreendimentos já outorgados, que aguardam licenciamento ambiental para início da obra, ou em construção, e os prazos para desenvolvimento dos novos projetos.
De acordo com a presidente da Abrapch, Alessandra Torres, a crise hídrica ocorrida nos últimos dois anos deixou clara a necessidade de novas hidrelétricas e, principalmente, novos reservatórios para o abastecimento da população e a geração de energia.
“A crise hídrica gerou reflexões sobre todos os processos do setor, desde a operação de curto prazo até o planejamento da expansão de médio e longo prazo. Os investimentos em pequenas hidrelétricas são fundamentais para a redução das tarifas e eliminação de futuras bandeiras tarifárias, em períodos de seca como a que vivemos nos últimos dois anos”, reforça Alessandra.
Segundo a associação, o país tem potencial para expandir a sua capacidade de geração de energia proveniente de PCHs em até 13,7 GW, um aumento de quase 300%.
“Vamos reforçar a pauta da necessidade de uma maior isonomia tributária e de incentivos em relação às outras fontes, para a viabilização comercial dos projetos disponíveis”, afirma a presidente.