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Eletrobras vende ação a R$ 42 na oferta de privatização da elétrica – Edição da Manhã

No início da noite de ontem (09/06), a Eletrobras fixou preço de R$ 42 por ação na mega oferta de ações que resulta em uma companhia privatizada. A elétrica vendeu 802,1 milhões de ações, movimentando R$ 33,7 bilhões entre lote base e suplementar, informou o Pipeline, site de negócios do Valor Econômico.

Com a venda de parte das ações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e especialmente pela diluição da União com a emissão de novas ações, o governo deixa de ser controlador da Eletrobras – ainda que detenha uma golden share.

A União e o BNDES saem de 68,6% das ordinárias para 40,3% (há ainda uma participação pequena de outros fundos governamentais, não detalhadas no prospecto), indo para 36,9% do capital total.

Cerca de 370 mil trabalhadores usaram FGTS na oferta da Eletrobras

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Cerca de 370 mil trabalhadores usaram parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar ações da Eletrobras na oferta de privatização da companhia, apurou o Valor Investe com uma fonte próxima à operação. O número é superior ao da adesão à oferta semelhante da Petrobras, em 2000, quando 248 mil trabalhadores participaram com o FGTS, mas ficou abaixo do observado na oferta da Vale, em 2002, quando 584 mil pessoas investiram parte do Fundo de Garantia nas ações.

Geração distribuída avança e já responde por 5% do mercado residencial da CPFL

A conexão de sistemas de geração distribuída (GD) acelerou na área de concessão da CPFL durante o segundo trimestre deste ano e já responde por cerca de 5% do mercado residencial da distribuidora, acima dos 3% anotados em março, disse o presidente da companhia, Gustavo Estrella, ao Broadcast Energia, do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo ele, no médio prazo a modalidade pode alcançar um volume entre 10% e 15% do mercado. O executivo explicou que avanço da GD na área de concessão da CPFL ocorre devido a um conjunto de fatores. De um lado, a empresa é responsável pela distribuição de energia em localidades no interior de São Paulo onde há grande número de telhados, alto nível de insolação e população com renda relativamente elevada. Além disso, há um estímulo à instalação de painéis fotovoltaicos neste ano, devido à regra que mantém até 2045 os benefícios fiscais a quem conectar esses sistemas até o início de 2023.

Outro motivo pelo qual mais consumidores têm buscado esses sistemas é o aumento nas tarifas de energia neste ano, que devem aumentar, em média, 18% em todo o país, impulsionadas pelo custo da crise hídrica do ano passado.

Governo indica presidente da Serpro para comandar conselho de administração da Petrobras

O governo anunciou ontem (09/06) uma lista de novos indicados para o conselho de administração da Petrobras. A lista é composta em sua maioria por executivos que ocupam cargos públicos, ligados principalmente ao Ministério da Economia, que já havia indicado o substituto de José Mauro Coelho na presidência da estatal, Caio Paes de Andrade. Para o cargo de presidente do colegiado, foi escolhido Gileno Gurjão Barreto, presidente da Serpro, empresa pública de tecnologia da informação. (Folha de S. Paulo)

Conselho pressiona por renúncia de Coelho da presidência da Petrobras

“Só depende de você”. “Você vai renunciar?” Essas foram algumas das frases ouvidas por José Mauro Coelho, presidente da Petrobras, durante a última reunião do Conselho de Administração da Petrobras, realizada na quarta-feira (08/06) na sede da estatal, no Rio de Janeiro. A reunião havia sido marcada para tratar de investimentos da empresa.

O jornal O Globo informa que, depois de diversas tentativas frustradas por parte do governo para que o executivo, que assumiu a estatal em abril, renunciasse ao posto, agora parte dos integrantes do conselho de administração da Petrobras é que está “pressionando” Coelho a pedir demissão do cargo.

Quem estava na reunião classificou a situação como “constrangedora”. Isso porque o encontro do conselho havia sido marcado dias antes para discutir apenas o plano de negócios da companhia, que deve ser divulgado no fim deste ano e vai definir as estratégias da estatal para os próximos anos.

Repsol vende 25% do negócio de energias renováveis por 905 milhões de euros

A petrolífera espanhola Repsol anunciou que chegou a um acordo para venda de 25% de seu negócio de energia renovável para o Credit Agricole Assurances, da França, e para a Energy Infrastructure Partners, com sede na Suíça, por 905 milhões de euros (equivalente a US$ 970 milhões).

Segundo a companhia, o acordo, aprovado em assembleia extraordinária, avalia a unidade em 4,38 bilhões de euros. A Repsol Renovables conta atualmente com mais de 1,6 gigawatts (GW) de capacidade renovável instalada na Espanha, Portugal, Estados Unidos e Chile. A Repsol diz que o negócio deve ser concluído antes do fim do ano e está sujeito à aprovação das autoridades reguladoras. (Valor Econômico – com informações da Dow Jones)

Estatal argentina veta diesel barato a motoristas brasileiros e uruguaios

A petrolífera estatal argentina YPF quer impedir que veículos dos países vizinhos continuem a cruzar a fronteira para encher o tanque com seu diesel barato diante do risco de escassez do combustível.

Carros e caminhões com placas estrangeiras não poderão abastecer com diesel normal e serão cobrados muito mais do que os argentinos por diesel premium, disse a YPF em comunicado divulgado na noite de quarta-feira (08/06). A política já começou na região que faz fronteira com Brasil, Uruguai e Paraguai e em Mendoza, que faz fronteira com o Chile.

A Argentina, um perene subsidiador de energia que atualmente fixa os preços do petróleo muito abaixo dos níveis do mercado global, tem preços de diesel entre os mais baratos do mundo, de acordo com a GlobalPetrolPrices.com. A ampla diferença entre os preços locais e globais do petróleo encorajou os produtores na Argentina a exportar em vez de fornecer às refinarias locais. (Valor Econômico – com informações da agência Bloomberg)

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque da edição desta sexta-feira (10/06) do Valor Econômico é o processo de privatização da Eletrobras. A operação de capitalização da estatal elétrica, que resulta na privatização da companhia, movimentou R$ 33,7 bilhões, com a ações negociadas a R$ 42. Com a venda de parte dos papéis que pertenciam ao BNDES e a diluição da participação da União, por meio da emissão de novas ações, o governo deixa de ser controlador da companhia – embora ainda detenha uma “golden share”, que lhe dá direito de veto em algumas decisões relevantes para a empresa. União e BNDES, que tinham 68,6% das ordinárias, com direito a voto, passaram a deter 36,9% do capital total.

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Os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo trazem como destaque o encontro dos presidentes Jair Bolsonaro e Joe Biden, ontem (09/06), na Cúpula das Américas, que se realiza nos Estados Unidos. “Bolsonaro diz a Biden que sairá de forma democrática” é a manchete da Folha. A do Estadão é: “Diante de Bolsonaro, Biden defende democracia e Amazônia”.

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O jornal O Globo informa que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, fizeram um apelo em videoconferência a empresários do setor de supermercados. O presidente pediu “o menor lucro possível” na cesta básica e o ministro, uma “trégua de preços”.