A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês) completou nesta sexta-feira, 10 de junho, uma revisão da segurança operacional de longo prazo (Salto, na sigla em inglês) na usina de Angra 1. A missão, que ocorreu entre os dias 7 e 10 de junho, concluiu que a usina desenvolveu e implementou políticas formais para a segurança da operação de longo prazo.
A revisão apontou, ainda, a necessidade de desenvolvimento de um programa para confirmar a resistência de componentes elétricos da usina a condições adversas, mas avaliou que as recomendações relativas à operação de longo prazo (LTO, na sigla em inglês) foram atendidas.
“O time observou que o operador está preparando Angra 1 para uma LTO segura em tempo hábil”, disse Martin Marchena, líder do time e oficial de Segurança Nuclear da IAEA. “A planta fez avanços significativos na área de gerenciamento de envelhecimento. O time da Salto encoraja que o operador leve em conta as medidas faltantes da missão de 2018 e implemente todas as atividades para um LTO seguro”.
Essa revisão foi requisitada pela Eletronuclear após as recomendações e sugestões feitas pela IAEA em 2018, na ocasião de outra missão. Segundo a agência internacional, a operadora da usina pretende pedir a renovação da licença de operação de Angra 1 para um período de mais 40 ou 60 anos.
“Nós agradecemos o apoio da IAEA para gerenciar o envelhecimento da planta e prepará-la para um LTO seguro, e nós vamos continuar melhorando nossos processos para estar cada vez mais em linha com os padrões de segurança da IAEA”, afirmou João Carlos da Cunha Bastos, diretor de Operações do complexo de Angra dos Reis.
A equipe da agência internacional realizará um relatório completo que será enviado para a gestão da planta, para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e para o governo brasileiro em três meses.