Dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) mostram que o mercado livre tem sido o grande impulsionador do consumo de energia elétrica no Brasil, alcançando 63.169 MW médios em maio de 2022, o que representa um crescimento de 1,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O avanço, segundo a CCEE, tem sido motivado sobretudo pelos setores da indústria e as grandes empresas, com o segmento representando quase 37% do total consumido no país. “O crescimento é sinal da retomada de setores importantes da economia, sobretudo o de serviços, e do bom momento para as exportações”, explica a entidade.
O mercado regulado, por sua vez, consumiu pouco mais de 40 mil MW médios, apresentando uma redução de 1,3% frente a maio de 2021. Isso se dá pela queda das temperaturas em boa parte do país, o que influenciou o recuo no consumo de estados como Mato Grosso do Sul (-6%), Pará (-4%) e Piauí (-3%).
Ainda por conta do cenário climático, a geração de energia a partir da fonte hidrelétrica teve alta de 11,1% na comparação anual, tendo como consequência uma queda de 37,2% no despacho de termelétricas. A geração pelas fontes solar fotovoltaica e eólica mantem o ritmo de expansão, com avanço de 52,6% e 10,5% em maio, respectivamente.
A CCEE ressalta a existência de uma constante migração entre os mercados livre e regulado, o que influencia os dados. Além disso, a geração distribuída também impacta os resultados, uma vez que os painéis solares instalados em residências e empresas reduzem a demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN).