Grandes empreendimentos de infraestrutura tem o potencial não só de contribuir para o crescimento do país, mas também para o desenvolvimento econômico-social das localidades em que eles estão inseridos. Esse aspecto tem relação profunda com o objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) de tornar as cidades e assentamentos humanos inclusivos, resilientes e sustentáveis.
Sobre este tema, o jornalista Rodrigo Polito conversou com Paulo Roberto Pinto, presidente da Norte Energia, proprietária da hidrelétrica de Belo Monte. Localizada no Rio Xingu, no Pará, a hidrelétrica de 11.233 megawatts (MW) de capacidade instalada é a terceira maior do mundo e a maior usina genuinamente brasileira, já que Itaipu, de 14 mil MW, é um empreendimento compartilhado com o Paraguai.
Os investimentos da Norte Energia possibilitaram a melhoria da qualidade de vida em Altamira, principal município situado na área de influência da hidrelétrica. Antes da usina, 27 mil habitantes de Altamira moravam em casas de palafita, sujeitas à inundação recorrentes. Além disso, 25% das famílias estavam abaixo da linha da pobreza. Hoje, cerca de 90% dos moradores da cidade são atendidos com sistema de tratamento de esgoto.
Do total de R$ 42 bilhões de investimentos em Belo Monte, cerca de R$ 6,3 bilhões foram destinados à área socioambiental. “Não conheço no mundo investimento na área socioambiental de um projeto de porte como foi em Belo Monte”, disse Pinto.
“O bem-estar da população do entorno, o bem-estar da população local e a preservação do meio ambiente são tão importantes quanto o potencial de geração que nós representamos para o sistema elétrico brasileiro”, completou o executivo.
Confira a entrevista abaixo: