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Medo de escassez faz distribuidoras aumentarem importação de diesel – Edição da Manhã

Para driblar o risco de escassez de diesel a partir de agosto, as principais distribuidoras de combustíveis do país aumentaram em mais de dez vezes o número de licenças de importação do produto nos últimos meses, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

Existe o receio de que, na esteira da guerra Entre Rússia e Ucrânia, parte dos países da Europa passe a usar mais diesel no lugar do gás russo. Outros fatores levados em conta são o início das férias de verão no hemisfério norte e a previsão de furações na costa dos EUA – que costumam provocar a paralisação da produção local. No Brasil, que depende em até 30% das importações, a demanda tende a crescer com o escoamento da safra agrícola.

Levantamento feito pela reportagem mostra que, em abril, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) emitiu 305 licenças de importação de diesel. Um mês depois, o número de autorizações saltou para 433 – 12 vezes mais do que a média registrada no primeiro trimestre do ano, de 36 licenças por mês. Em anos anteriores, esse número raramente ultrapassou a casa das 30 emissões mensais.

Teremos petróleo elevado 2 ou 3 anos, afirma CEO da 3R Petroleum

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Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da 3R Petroleum, Ricardo Savini, conta que a 3R vira a chave das aquisições para a produção num momento propício de alta do petróleo. Para ele, a cotação ficará em patamares elevados nos próximos anos, num sinal de que acelerar a transição energética não é simples.

Criada em 2014, a 3R Petroleum começou a sair do papel em 2016, quando a Petrobras iniciou a venda de campos maduros. Capitalizada na Bolsa em 2020, a empresa já comprou seis ativos de produção de petróleo e gás em terra e três no mar que já foram da estatal. Opera quatro e aguarda até o início de 2023 o fim do processo de transição dos outros na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para intensificar os investimentos na revitalização da produção de 60 campos.

“Estamos em um ano de consolidação da companhia nessa nova indústria de revitalizar campos maduros, em fase de declínio, que não tínhamos no Brasil. Quando a Petrobras decide vender é que se inicia. Construímos a 3R para esse tipo de oportunidade. Somos a empresa que mais assinou contratos (de compra) com a Petrobras. Foi muito trabalho nessa primeira fase, onde o segredo é precificar corretamente, mas estamos em outro momento.”

Savini conta que em maio de 2020 a empresa assumiu a primeira operação, o polo Macau, no Rio Grande do Norte. “Deixamos der ser pré-operacional. De nove ativos, quatro já estão sob gestão da 3R, onde conseguimos demonstrar incremento importante de produção, e estamos na transição operacional dos outros cinco.”

Energisa cresce em maio

A Energisa registrou alta de 4,2% no consumo de energia elétrica, cativo e livre, em maio, na comparação anual, a 3.100,8 gigawatt-hora (GWh), impulsionada pelos consumos das classes residencial e comercial. A empresa destacou que o mês seguiu apresentando maior força para o retorno das atividades presenciais em relação ao mesmo período de 2021. Segundo a companhia, nove das onze distribuidoras apresentaram crescimento em suas áreas de concessão, em especial a Energisa Mato Grosso, com alta de 6,3% no consumo.

Entre as regiões, o maior consumo foi observado no Norte, com alta de 8,2%. Por classes, a comercial cresceu 7,7%. Já a classe residencial viu seu consumo subir 6,8% no mês passado. O O segmento outros avançou 8%. A única classe que exibiu queda foi a rural, de 12,7%. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

“Empresas ampliam importação de diesel por medo de escassez” – é a manchete da edição desta segunda-feira do jornal O Estado de S. Paulo

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O jornal O Globo informa que o setor de Ciência tem 44% do maior fundo de financiamento bloqueados e ainda perde em outras frentes. De acordo com a reportagem, ao mesmo tempo que corta o orçamento para a Ciência, o governo dificulta universidades públicas de captarem financiamento para pesquisa e trabalha para tirar recursos do pré-sal que atualmente vão para as instituições. Com isso, projetos importantes, como estudos sobre a Amazônia, não sabem como chegarão ao fim do ano e áreas estratégicas poderão ficar sem dinheiro do principal fundo de financiamento à pesquisa do país, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

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A inflação alta e o endividamento das famílias têm atenuado o impacto positivo das medidas anunciadas pelo governo para estimular o consumo: o saque de até R$ 1 mil do FGTS e a antecipação de 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS. Segundo levantamento da economista Viviane Seda, da Fundação Getúlio Vargas, 66,9% dos entrevistados na Sondagem do Consumidor da FGV disseram que vão usar esses recursos para pagar dívidas ou poupar. (Valor Econômico)

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A Folha de S. Paulo informa que a cada aborto legal feito em meninas de 14 anos ou menos no Brasil, outras 11 precisaram ser hospitalizadas em decorrência de interrupções de gravidez provocadas ou espontâneas em 2021. O levantamento foi realizado pela reportagem com dados de registros hospitalares do SUS (Sistema Único de Saúde).

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Outro destaque da edição desta segunda-feira (27/06) da Folha de Paulo é o velório do jornalista inglês, Dom Philips, realizado ontem, em Niterói, no Rio de Janeiro. O jornalista foi assassinado na terra indígena Vale do Javari, no Amazonas, no início do mês ao lado do indigenista Bruno Pereira, cujo enterro foi realizado sábado, em Recife.