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Leilão de transmissão de energia tem deságios de até 60% - Edição da Tarde

O portal O Globo informa que o leilão de transmissão realizado hoje (30/06) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME) teve grande disputa pelos três primeiros do total de 13 lotes do certame, como era previsto pelo mercado. Os três eram os maiores do edital, estão localizados na região Sudeste e passam por Minas Gerais.

No total, o leilão prevê a construção e a manutenção de 5.425 km de linhas de transmissão em 13 estados. O investimento total é de R$ 15,3 bilhões ao longo de 30 anos de contrato. O maior deles é o Lote 2, entre Minas Gerais e São Paulo, que foi arrematado pela Neoenergia com a oferta de R$ 360 milhões de Receita Anual Permitida (RAP), valor a ser recebido pela transmissora pela prestação do serviço. Esse montante é pago pelos consumidores e está embutido na conta de luz.

A proposta da Neoenergia pelo Lote 2 representou deságio de 50,33% em relação à RAP de referência do lote, de R$ 724,734 milhões. A reportagem explica que o evento é um leilão de deságio, ou seja, vence cada lote o proponente que aceita receber o menor valor em relação à RAP de referência fixada no edital.

A Neoenergia venceu também o Lote 11, referente ao Mato Grosso do Sul, com a oferta de R$ 38,2 milhões de Receita Anual Permitida (RAP), deságio de 45,74% na comparação com o estipulado no edital (R$ 70,4 milhões). Também foi disputado o Lote 1, que compreende 1.269 quilômetros de linhas entre a região norte de Minas Gerais e São Paulo. Foi arrematado pelo consórcio Verde, formado pela operadora Cimy e pelo fundo Brasil Energia, com a oferta de R$ 283,3 milhões de RAP. O valor representa um deságio de 47,31% em relação à RAP de referência do leilão, de R$ 538 milhões.

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Desde 2012, o Brasil não tinha uma situação tão boa na geração hídrica, diz diretor-geral do ONS

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Ciocchi, afirmou que depois da pior crise hídrica no país em 91 anos, vivida em 2021, o Brasil atravessa a melhor situação nos reservatórios das hidrelétricas desde 2012.

Esses reservatórios chegarão ao período seco este ano com níveis médios de armazenagem entre 40% e 50%, contra os 17% do ano passado. Segundo Ciocchi, a “tranquilidade” de 2022, no entanto, não foi causada apenas por chuvas mais intensas, mas por uma melhor gestão da vazão de algumas usinas.

“Desde 2012 não tínhamos uma situação tão confortável como temos esse ano, e não é por uma chuva excepcional. A chuva foi boa no período chuvoso e a estação úmida que começou no ano passado chegou na hora certa, enquanto em 2020/2021 atrasou bastante”, explicou o executivo. As termelétricas, que chegaram a significar metade da geração de energia do país no ano passado, este ano serão pouco utilizadas. No momento, mesmo em pleno período seco, correspondem a pouco mais de 14% do total gerado.

A respeito das medidas de contenção das vazões, ou seja, do volume de água liberado pelas hidrelétricas, o diretor-geral do ONS afirma que elas ajudaram a poupar água para a geração de energia. “Essas medidas foram basicamente relativas ao controle de vazão de algumas usinas, em particular nas bacias do rio Grande e do rio Paraná, que é ali que está a caixa d’água do Brasil, permitindo um armazenamento maior e melhor nas cabeceiras”, informou o executivo, destacando que a usina de Furnas, maior reservatório do país, chegou a atingir 80% do volume total, mas agora começa a perder volume até novembro, quando começa o período chuvoso.

Na Light, a luz amarela está acesa

O portal Pipeline, do Valor Econômico, publicou no início da tarde de hoje (30/06), uma reportagem acerca do momento vivido pela distribuidora Light, com destaque para a renúncia de Nonato de Castro, da presidência da companhia, anunciada ontem.

De acordo com a reportagem, a saída de Nonato teve impacto negativo no mercado. Às 10h23, os papéis de Light recuavam quase 12%. O portal Pipeline ressalta, ainda, que a troca de comando também ocorre em um momento particularmente negativo para a Light. Na terça-feira (28/06), uma lei de impacto bilionário foi promulgada pelo presidente Jair Bolsonaro. Na prática, as concessionárias de energia elétrica terão de devolver créditos de PIS/Cofins ao consumidor final.

A conta para a concessionária de energia carioca é de R$ 1,6 bilhão líquidos, calculam os analistas do J.P. Morgan. A leitura dos analistas é que a Light vai tentar ao máximo adiar o impacto da devolução dos créditos de PIS/Cofins, judicializando o caso até que saia uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Compass deve vender distribuidoras no Norte e Nordeste

A Compass, do grupo Cosan, deve se desfazer de distribuidoras de gás natural no Norte e no Nordeste a partir da aquisição do controle da Gaspetro, informa o Valor Econômico. A compra da fatia de 51% da Petrobras na Gaspetro, que tem participação em 18 companhias estaduais de gás, foi aprovada na semana passada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sob forte protesto de grandes consumidores de gás natural.

A Compass, que se torna sócia da Mitsui Óleo e Gás na Gaspetro, comprometeu-se com a venda de até 12 das 18 distribuidoras estaduais em que passa a ter participação indireta, sete para um grupo e cinco, para outro, para garantir o aval no Cade. Onze companhias de gás estão no Norte e no Nordeste: Algás (Alagoas), Bahiagás (Bahia), Cegás (Ceará), Copergás (Pernambuco), Gasmar (Maranhão), Gasap (Amapá), Gaspisa (Piauí), Pbgás (Paraíba), Potigás (Rio Grande do Norte), Rongás (Rondônia) e Sergas (Sergipe).

Opep e aliados confirmam novo aumento na produção de petróleo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, grupo conhecido como Opep+, concordaram em aumentar a produção em 648 mil barris diários. A decisão desta quinta-feira (30/06) segue um acordo feito no mês passado para aumentar a oferta entre os membros do cartel.

O novo aumento já era esperado após a Arábia Saudita ter afirmado que havia consenso dentro do grupo para elevar a produção acima do inicialmente previsto, como acertado entre os países no mês passado, após uma disparada global dos preços dos combustíveis.

A Opep está sob pressão dos Estados Unidos e de outros países para aumentar a produção de petróleo, já que os preços mundiais dos combustíveis atingiram o nível mais alto desta década por causa da guerra da Ucrânia e das sanções à Rússia. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

O desemprego no Brasil caiu de 10,5% no trimestre terminado em abril para 9,8% no encerrado em maio, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (30/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (O Estado de S. Paulo)

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O Senado Federal marcou para esta quinta-feira (30/06) a votação de uma proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui até o fim do ano um estado de emergência no Brasil. O objetivo é viabilizar a criação e a ampliação de uma série de benefícios sociais a três meses das eleições. Especialistas consideram a medida ilegal e temem que se abra um precedente, com “carta branca” para se declarar emergência com objetivo de implementar medidas populares. Já partidos de oposição votarão a favor do texto, mesmo sendo contra o estado de emergência. Entre os programas, está a ampliação do Auxílio Brasil para R$ 600 e a criação do “Pix Caminhoneiro” mensal de R$ 1.000 até o fim deste ano. Os gastos chegarão a pelo menos R$ 38,7 bilhões. (O Globo)