O jornal O Estado de S. Paulo informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai entrar no apoio à produção do hidrogênio verde, uma das opções de “combustível do futuro”, na fronteira tecnológica da transição para a economia de baixo carbono.
Uma nova linha de crédito oferecerá empréstimos de até R$ 300 milhões para a construção de fábricas de produção para o mercado doméstico. Além disso, o banco está aberto para financiar grandes usinas para exportação, projetos de bilhões de dólares, com juros tão baixos quanto em mercados desenvolvidos.
Estatais triplicam lucro e têm desempenho recorde
As empresas controladas pela União tiveram lucro líquido de quase R$ 188 bilhões em 2021, recorde histórico e o triplo da cifra verificada no ano anterior, conforme a nova edição do relatório agregado das estatais federais, que será divulgado pelo Ministério da Economia nesta sexta-feira (1º/07) e foi obtido pelo Valor Econômico.
Cerca de 98% do resultado positivo provém das “big five” do setor público: Petrobras (R$ 107,3 bilhões), BNDES (R$ 34,1 bilhões), Banco do Brasil (R$ 19,7 bilhões), Caixa Econômica Federal (R$ 17,3 bilhões) e Eletrobras (R$ 5,7 bilhões). A equipe econômica ressalta, contudo, que o desempenho positivo está mais espalhado.
Das 28 estatais não dependentes do Tesouro Nacional, quatro encerraram o ano passado com prejuízo: Infraero, Companhias Docas do Rio (CDRJ), Companhia Docas do Ceará (CDC) e Pré-Sal Petróleo (PPSA). Outras duas estão atrasadas e ainda não fecharam seus balanços financeiros. Em 2017, eram nove estatais no vermelho.
Eneva firma contrato para fornecer GNL às instalações industriais da Vale em São Luiz
A Eneva firmou contrato para fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) às instalações industriais da Vale localizadas na cidade de São Luís, no Maranhão. O contrato tem vigência de cinco anos a partir do início do fornecimento comercial, previsto para o primeiro semestre de 2024. A companhia suprirá o GNL a partir de suas concessões na Bacia do Parnaíba, onde será instalada uma unidade adicional de liquefação de gás natural com capacidade instalada de 300 mil m3 por dia, diz a Eneva, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). (Valor Econômico)
Europa já recebe mais gás dos EUA do que da Rússia
Pela primeira vez, os Estados Unidos estão fornecendo mais gás para a Europa do que a Rússia, resultado dos esforços do continente em cortar a dependência do combustível de Moscou por conta da guerra na Ucrânia. Segundo o diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, junho de 2022 é o primeiro mês na história que o envio de gás natural dos EUA para a Europa via gasodutos ultrapassou o fornecimento russo.
Antes da guerra, a Rússia era responsável por mais de um terço do gás natural usado na Europa. Os países do continente agora buscam alternativas para compensar o corte do envio de gás via Nord Stream, maior gasoduto da Europa, cujo fornecimento está sendo gradualmente diminuído pelos russos nas últimas semanas. (Valor Econômico)
Eletrosul e Engie contestam metodologia do IEMA sobre emissões de CO2 em UTEs
A CGT Eletrosul e a Engie registraram as duas maiores taxas de emissão de CO2 equivalente emitido por eletricidade gerada entre as proprietárias de termelétricas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2020. A informação deriva do Inventário de Emissões Atmosféricas em Usinas Termelétricas, presente em estudo inédito publicado ontem (30/06) pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA).
De acordo com reportagem do Canal Emergia, a CGT Eletrosul, detentora de 100% do controle acionário da UTE Candiota III (RS) – usina a carvão mineral com a maior taxa de emissão no estudo – foi responsável por 1.327 toneladas de CO2 equivalente por GWh. Esse dado é mais que o dobro da média observada para o conjunto de empresas proprietárias de térmicas fósseis de serviço público do Sistema Interligado Nacional (SIN), de 608 tCO2e/GWh.
Já a Engie alcançou a também elevada taxa de 1.088 tCO2/GWh, uma vez que é proprietária de quatro das oito usinas a carvão mineral do parque brasileiro: a Pampa Sul (RS) e as plantas que compõem o conjunto Jorge Lacerda (SC).
A empresa disse dar total transparência aos dados de emissões de GEE e eficiência de suas usinas ao mercado em seu relatório anual de sustentabilidade. Em 2020 foram 30,8% de eficiência média no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, com consumo específico de 0,62 ton carvão/MW. Em Pampa Sul, a eficiência média chegou a 35,2%, com consumo específico de 0,89 ton carvão/MW, valor que subiu 0,2 p.p em 2021. Os dados divergem da pesquisa do IEMA.
A CGT Eletrosul, por sua vez, informou desconhecer o método de cálculo utilizado para as estimativas de emissões pela plataforma SEEG. A empresa ressalta ainda que a usina Candiota III utiliza prioritariamente carvão beneficiado, com significativos ganhos ambientais e de desempenho.
PANORAMA DA MÍDIA
O portal O Globo informa que a cotação do dólar subiu e chegou a R$ 5,33, ainda com receios da recessão no exterior e pelo impacto da PEC Eleitoral, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada ontem (30/06) pelo Senado.
*****
As queimadas na Amazônia chegaram a um novo recorde histórico em junho. O Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) contabilizou 2.562 focos de incêndio no bioma ao longo do mês, informa a Folha de S. Paulo. De acordo com a reportagem, é o maior número de queimadas em junho dos últimos 15 anos – em 2007, o Inpe contabilizou 3.519 focos. De lá para cá, os valores ficaram abaixo de 2.000 focos nos meses de junho, até 2019. Com a temporada seca, iniciada em maio, os números das queimadas passam a subir. O mês de junho teve 11% mais focos de incêndio do que o mês anterior.