O governo francês anunciou que vai estatizar completamente a companhia elétrica EDF sob a justificativa de que a medida é necessária para a transição da matriz energética do país, de combustíveis fósseis para energias limpas.
A estatização completa acontece em um momento de crise energética na Europa, com o alto custo dos combustíveis sendo provocado pela falta de oferta após cortes de fornecimento do gás da Rússia como retaliação as sanções impostas a Moscou por causa da invasão da Ucrânia. O Estado francês já detém 84% de participação na empresa e vem absorvendo bilhões de euros em prejuízos desde que o presidente Emmanuel Macron impôs um limite nos preços das contas de eletricidade, forçando a EDF a comprar combustíveis a preços de mercado mais altos sem repassar o custo aos consumidores. (Valor Econômico – com informações da agência Dow Jones)
Risco de recessão global derruba preço do petróleo em julho e zera defasagem de preços da Petrobras
Essa é a manchete da edição de hoje (07/07) do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a reportagem, o receio de uma recessão mundial tem derrubado o preço do petróleo no mercado internacional, depois de o barril ter rondado os US$ 140 na primeira semana de março. Ontem, os contratos para o óleo tipo Brent (referência para o Brasil) com entrega em setembro fecharam a US$ 100,69, queda de 2,02% no dia. No mês, a retração chega a 7,7%.
O petróleo em queda praticamente anulou a defasagem entre os preços dos combustíveis praticados nas refinarias no Brasil e os negociados no exterior. Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço do litro do diesel estava ontem 3% acima da média internacional; no caso da gasolina, esse número era de 2%, puxado pela Refinaria de Mataripe, na Bahia, privatizada no fim do ano passado.
Ainda de acordo com a reportagem, enquanto os portos que servem de referência para a Petrobras tiveram a defasagem zerada, ou seja, alinhados com o preço externo, o porto de Aratu, na Bahia, estava ontem com o preço do diesel 7% acima do mercado internacional e a gasolina, 15%.
Decreto almeja estimular novos investimentos em lítio
Reportagem do Valor Econômico indica que o governo federal estima que a modernização das regras sobre operações de lítio e seus derivados deverá movimentar em torno de R$ 15 bilhões em investimentos até 2030, especialmente no Vale do Jequitinhonha (MG), que concentra a maior parte das reservas minerais conhecidas para produção de lítio no país.
Ontem (06/07), foi publicado um decreto presidencial que excluiu anuência prévia, cotas e restrições à produção e comércio no segmento. O lítio é uma das principais matérias-primas de baterias de aparelhos celulares e carros elétricos, por exemplo. A reportagem ressalta que, diante das políticas de transição energética, esses equipamentos despertam cada vez mais interesse global, tendo em vista sua capacidade de armazenamento de energia de fontes renováveis.
CBios superam R$ 200 e seguram queda de preços dos combustíveis
A Folha de S. Paulo informa que a cotação dos créditos de carbono do setor de combustíveis no Brasil bateu os R$ 202 na semana passada, jogando pressão sobre os preços da gasolina e do diesel num momento em que os governos federal e estaduais abrem mão de receitas para tentar aliviar o bolso do consumidor.
O valor dos títulos, que são chamados de CBios (créditos de descarbonização), mais do que triplicou em 2022. Em um ano, ficou sete vezes mais caro. Segundo as distribuidoras de combustíveis, hoje representam entre R$ 0,15 e R$ 0,20 do preço final da gasolina e do diesel. O setor de combustíveis acusa os produtores de etanol e biodiesel de especulação, emitindo um volume de títulos inferior à demanda. Estes, por sua vez, dizem que os preços refletem aperto no cenário de oferta e demanda dos certificados.
As distribuidoras de combustíveis são obrigadas a comprar os certificados para compensar a emissão de poluentes no consumo dos produtos. O objetivo é transferir recursos da venda de combustíveis fósseis para a produção de energia renovável, barateando seu custo e incentivando o consumo. Os CBios começaram a ser negociados em 2020.
PANORAMA DA MÍDIA
Empresas brasileiras passaram a recomprar parte da dívida que emitiram no exterior para aproveitar a desvalorização desses bônus em meio à volatilidade no mercado internacional. Neste ano, o total já chegou a US$ 8 bilhões. Cerca de US$ 6,5 bilhões são de operações realizadas nos últimos três meses, quando a aversão ao risco no mundo afetou o preço desses títulos. As recompras já superam os US$ 4,5 bilhões emitidos em bônus em 2022; (Valor Econômico)
*****
Operadoras fazem nova ofensiva para atrair usuários ao 5G, destaca o jornal O Globo em sua edição desta quinta-feira (07/07). A reportagem mostra que as operadoras de telefonia móvel estão oferecendo descontos de mais de 60% ao consumidor e parcelamento em até 21 vezes para a compra de aparelhos, além de pacote de benefícios.
*****
Diferentes indicadores começam a mostrar uma piora na percepção de risco fiscal no Brasil, informa a Folha de S. Paulo. Desancoragem da meta de inflação, alta do dólar, queda da Bolsa e piora do risco-país são alguns deles. Segundo economistas e analistas políticos ouvidos pela reportagem, a deterioração das expectativas é uma reação ao avanço, no Congresso, da PEC (proposta de emenda à Constituição) que gera R$ 41 bilhões de gastos excepcionais até o final de 2022, com chances de serem prorrogados nos anos seguintes.