Ocean Winds garante contrato com governo britânico e avança em projeto de eólica offshore

A Ocean Winds, joint venture da Engie e da EDP Renováveis para eólica offshore, assinou um contrato de longo prazo com o governo do Reino Unido para entrega de 294 MW gerados no Moray West Offshore Wind Farm, no litoral da Escócia. 

Com duração de 15 anos, o negócio será na modalidade de contrato por diferença – um tipo de derivativo que não envolve a entrega física, mas a liquidação financeira da variação de preço do ativo.

Esse tipo de contrato é oferecido pelo governo britânico como mecanismo para incentivar geração de energia renovável. O empreendedor garante a entrada de recursos, com proteção contra a volatilidade do mercado, e ao mesmo tempo protege os consumidores de ficarem expostos às variações do preço da energia elétrica.

Os contratos são feitos por meio da Companhia de Contratos de Baixo Carbono (LCCC, na sigla em inglês). Quando os preços de mercado para a energia estiver abaixo do definido no contrato, a LCCC reembolsa a diferença aos geradores. Quando o preço de referência estiver acima do contrato, é o gerador que paga a diferença à empresa do governo.

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No caso do contrato com a Ocean Winds, o preço de referência definido foi de 37,35 libras por MWh, em valores de 2012. 

Segundo a Ocean Winds, o contrato é fundamental para o desenvolvimento do projeto, e vai ajudar na decisão final e no equacionamento do financiamento do novo parque. As etapas finais do desenvolvimento devem acontecer nos próximos meses, e o complexo offshore deve começar a gerar energia em 2024.

Na mesma região, a Ocean Winds opera o complexo Moray East Offshore Wind Farm. Além disso, a companhia tem planos de desenvolver o projeto da Caledonia, que teve a licitação da área no começo de 2022.

Recentemente, a Ocean Winds conseguiu firmar um contrato de compra de energia de longo prazo (PPA, na sigla em inglês) cobrindo 350 MW do projeto, com um comprador não identificado.

“Garantir o PPA anunciado recentemente permitiu que o projeto tenha receita contratada, reduzindo os riscos do processo do contrato por diferença”, disse o diretor do Moray West, Adam Morrison.