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Sem gerar energia, usinas emergenciais já somam mais de R$ 400 milhões em multas – Edição da Manhã

As usinas de energia contratadas pelo governo de forma emergencial em 2021 acumulam R$ 413 milhões em multas por não cumprir partes dos contratos e atrasar a entrega da energia prevista, conforme mostra reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo na edição deste sábado (09/07).

Foram 17 usinas vencedoras em um leilão realizado no fim do ano passado com o objetivo de afastar os riscos de apagão neste ano e preservar os reservatórios das hidrelétricas do país nos meses de seca. As empresas tinham de começar a entregar energia em 1.º de maio, mas 98% da carga adquirida ainda não foi acionada – só uma dessas usinas está em operação neste momento. Paralelamente, os riscos de apagão diminuíram e os lagos das hidrelétricas estão cheios, o que torna a operação menos necessária, ressalta a reportagem.

O levantamento das punições foi feito pelo Estadão, junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O órgão confirmou o valor das multas e a informação de que todas as usinas foram alvo das autuações, já que não estavam funcionando na data determinada. Como as multas aplicadas em junho se referem apenas ao descumprimento do prazo confirmado no mês anterior, o valor das punições continuará a crescer, devido aos atrasos que prosseguem até o momento.

No setor elétrico, é grande a pressão para que o governo cancele os contratos. Pelas regras do leilão, isso pode ser feito se as usinas não estiverem ligadas até dia 1º de agosto.

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Maior importadora de gás da Alemanha pede socorro ao governo

O grupo de energia finlandês Fortum Oyj informou ontem (08/07) que sua subsidiária Uniper SE solicitou apoio do governo alemão após a recém-adotada legislação de energia. A Uniper é a maior importadora de gás da Alemanha e foi a mais atingida pelo corte de gás russo, resultando em extrema pressão financeira, disse Fortum. Desde meados de junho, a Uniper recebeu apenas 40% dos volumes de gás contratados da Rússia e teve que buscar os volumes de reposição no mercado a preços significativamente mais altos.

A nova legislação de energia adotada na Alemanha permite que as empresas do setor de energia obtenham assistência de liquidez na forma de garantias, empréstimos ou recapitalização pelo Estado alemão, além de fornecer poderes para permitir que altos custos adicionais sejam repassados aos clientes. (Valor Econômico – com informações da agência Dow Jones)

PANORAMA DA MÍDIA

Com inflação acima de 10%, brasileiro muda a forma de fazer compras, destaca a manchete da edição deste sábado (9/07) do jornal O Globo. De acordo com a reportagem, o consumidor voltou a adotar uma estratégia comum nos anos 1980, período da hiperinflação: ir ao mercado logo que recebe o salário. Mas, em vez de fazer a compra inteira do mês logo de largada, essa ida inicial ao mercado se concentra nos itens básicos. Os produtos não essenciais ficam para depois, numa caça a promoções que usa estratégias típicas da nova geração: tecnologia para consultar ofertas, redes sociais em busca de dicas. Do lado das empresas, a receita é armazenar mais os itens sujeitos à variação do dólar.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que os apoiadores da campanha de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na eleição para a presidência do Senado, em fevereiro de 2021, receberam ao menos R$ 2,3 bilhões em emendas do orçamento secreto ao longo do ano passado. A distribuição de verbas ocorreu após a confirmação da vitória do senador, que contou com o aval do Palácio do Planalto.

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A Folha de S. Paulo informa que a Presidência da República solicitou oficialmente ao Ministério da Educação (MEC) que recebesse um dos pastores ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e suspeitos de atuar em um esquema de corrupção no governo. Além disso, ainda cobrou retorno da pasta sobre as providências adotadas sobre o caso. O pedido de reunião ao MEC e a cobrança do Planalto sobre os encaminhamentos estão em email obtido pela reportagem. A mensagem, de janeiro de 2021, partiu do gabinete do então ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, que deve ser confirmado para vice na chapa à reeleição de Bolsonaro.