O governo da França, que hoje detém 84% do capital social da gigante de energia EDF, pretende adquirir o restante das ações e chegar a 100% de participação. Segundo Élisabeth Borne, primeira-ministra da França, a “estatização” completa da companhia reflete na transição energética e na descarbonização do país, assim como na segurança e independência energéticas.
“Essa evolução permitirá que a EDF reforce sua capacidade de realizar projetos mais ambiciosos e indispensáveis para o nosso futuro energético”, afirmou a primeira-ministra na semana passada. Hoje, os funcionários da EDF têm 1,08% da companhia, e os demais 15,12% estão no mercado.
Ainda na pauta de energia, Borne afirmou que o país precisa de um mix energético equilibrado em torno das energias renováveis e nucleares, de forma que o governo investirá no setor nuclear com a construção de novos reatores e no desenvolvimento de novas tecnologias.
Além disso, a primeira-ministra francesa reforçou a necessidade de acabar com a dependência do gás russo, de forma que “nós devemos dominar plenamente a nossa produção de eletricidade e de sua performance”.