O ministro da Economia Paulo Guedes, declarou que subsidiar o preço da gasolina por meio de um fundo de estabilização significaria impedir a transição energética. Em participação de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Guedes afirmou que como é um recurso “exaurível”, os preços mais altos do petróleo em tempos de escassez dão o sinal econômico para viabilizar fontes novas e renováveis.
“Quando o preço [petróleo] sobe, diz para que usem mais solar, eólica, gás natural, e não usem tanto petróleo, que é recurso exaurível. Ao longo do tempo, a previsão é que [o preço] suba, porque o recurso é exaurível, e aí você é empurrado em direção a energias diferentes, que passam a ser eficientes economicamente. Se você mantém subsídio muito tempo [petróleo] o que acontece, é que verdade retarda a transição energética e você subsidia a economia cinza, em vez da verde”, disse Guedes.
Em março, o plenário do Senado aprovou dois projetos chamado “pacote de combustíveis”, incluindo a Conta de Estabilização do Preço dos Combustíveis (CEP Combustíveis), com a finalidade de minimizar os impactos das variações dos preços do petróleo no mercado internacional na bomba dos postos de combustíveis do país.
Mesmo com os efeitos de preço e abastecimento da guerra da Rússia na Ucrânia, e da pandemia do covid-19, o ministro apontou que a criação de um fundo de estabilização poderia ter custado US$ 130 bilhões ao ano, e se considerado seu início no ano passado, o valor chegaria a US$ 180 bilhões.
“A primeira coisa a ser feita era reduzir impostos. Tirar os federais, os estaduais, e finalmente, se fosse o caso fazendo transferência de renda para os mais frágeis que é o que fazemos no momento”, complementou Guedes, citando como exemplo a destinação de recursos pelo governo para o Auxílio Brasil, valores para taxistas, caminhoneiros e transporte público, por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para o
Para o ministro, essas são medidas de um governo popular, e não de um presidente populista, pois dá apoio a medidas fiscalmente responsáveis. “São transferências de renda, não são subsídios para todo mundo usar petróleo mais barato. Isso seria um erro dramático do ponto de vista da política econômica, socialmente regressivo e irresponsável”.