(Com Camila Maia)
O Brasil possui um estoque de diesel A S-10 de 1.612 mil m3, o suficiente para garantir o abastecimento do país por 50 dias sem a necessidade de importação. O dado considera o estoque em 11 de julho, e foi apresentado por Adolfo Sachsida, ministro de Minas de Energia (MME) durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado Federal.
Segundo Sachsida, o país está preparado e posicionado no mercado mundial, enquanto segue acompanhando o cenário de abastecimento. O ministro também repetiu um discurso que vem sendo utilizado por Paulo Guedes, ministro da Economia, em participações em eventos e audiências, quanto ao “Brasil ser um porto seguro de investimentos”.
“Neste momento em que o mundo está passando por uma ampla realocação de portfólio, com investimentos que saem do leste europeu e de determinados países asiáticos, procurando portos seguros, eu honestamente acredito que o Brasil é o porto seguro do investimento. Temos que cada vez mais aprimorar os nossos marcos legais, segurança jurídica, transparência e respeito aos contratos para mostrar que o Brasil é esse porto seguro”, disse Adolfo Sachsida.
O ministro de Minas e Energia ainda chamou a atenção dos senadores que o conflito elevou não só ao aumento do preço do petróleo, mas também ao deslocamento entre o preço do barril do Brent e do diesel, com um crescimento da dificuldade de refino.
E falando em refino, Sachsida apontou entre os erros passados na Petrobras as refinarias não concluídas, sendo elas: Premium I e II, Comperj e Renest. Na apresentação ao Senado, o ministro afirmou que se as refinarias estivessem em funcionamento pleno, a capacidade de refino seria de 3,5 milhões de barris/dia, 51% superior a atual, e no montante mais que suficiente para atender a demanda interna brasileira em sua totalidade, que hoje é de um consumo de 2,3 milhões de barris/dia.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também participou da audiência da comissão defendendo um modelo estruturante de economia, que daria mais competição com refinarias, exploração e distribuição, concessões dos postos, no transporte.
“Isso é exatamente para o mais rápido possível irmos reforçando a capacidade de transição. Vamos garantir nossa segurança energética e a segurança energética do mundo, enquanto no petróleo estamos atras, quando podíamos ser o segundo ou terceiro”, disse o ministro.