O preço do diesel vendido pela Petrobras nas refinarias está 4,6% acima da paridade internacional levando em consideração as cotações da manhã de ontem (19/07), de acordo com os cálculos da consultoria StoneX. Para a consultoria, há espaço para uma redução de R$ 0,26 para que o diesel nacional esteja em linha com o preço internacional.
Já a gasolina vendida pela Petrobras está próxima à paridade internacional depois do reajuste anunciado ontem. A StoneX calcula uma diferença de apenas R$ 0,05 entre a cotação da Petrobras e os preços internacionais no caso da gasolina depois do reajuste. A estatal anunciou que vai passar a vender o litro da gasolina às distribuidoras a partir desta quarta-feira por R$ 3,86 por litro em média, uma queda de R$ 0,20. (Valor Econômico)
Redução da gasolina pela Petrobras traz alívio para a inflação
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indica que a redução do preço da gasolina anunciado ontem (19/07) pela Petrobras deve provocar uma queda na inflação oficial no país em julho e agosto, mas o alívio nos preços deve ser pontual e será sentido mais pela população de média e alta renda que tem carro próprio do que pelos mais pobres.
A reportagem ressalta que a redução marca a estreia de reajustes do novo presidente da companhia, Caio Paes de Andrade, que tomou posse há três semanas, quando o preço do petróleo começou a se estabilizar em torno dos US$ 100 o barril.
Segundo cálculos do economista André Braz, da Fundação Gettulio Vargas (FGV), o corte da gasolina vai levar a uma queda de 0,05 ponto porcentual no IPCA (o índice oficial da inflação no país) em julho, e de até 0,10 ponto em agosto.
Aneel abre consulta pública sobre usinas térmicas previstas na privatização da Eletrobras
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que abrirá consulta pública, nesta quarta-feira (20/07), com o objetivo de obter subsídios para a aprovação do edital do leilão de contratação de energia de reserva proveniente das novas usinas termelétricas previstas na lei de privatização da Eletrobras.
O leilão, que será realizado em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), negocia oito gigawatts a mais de energia de reserva proveniente dessas térmicas. A consulta pública terá prazo de 15 dias, encerrando em 4 de agosto. O certame deve ocorrer em 30 de setembro.
Como previsto na lei que regulamenta a privatização da Eletrobras, as usinas serão construídas em locais onde não há escoamento de gás natural. O volume de energia contratado varia de acordo com a região do país. No Norte, é de até 1.000 megawatts, com início de funcionamento das usinas previsto para 31 de dezembro de 2026. Na região chamada de Nordeste-Maranhão, o volume a ser leiloado é de até 300 MW, e na região Nordeste-Piauí, é de até 700 MW, ambas com as atividades começando em 31 de dezembro de 2027. O preço-base será de R$ 292,00 por megawatt-hora, segundo comunicado da Aneel. (portal TC Mover)
PANORAMA DA MÍDIA
O discurso do presidente Jair Bolsonaro a embaixadores, em reunião realizada segunda-feira (18/07), em Brasília, segue em destaque nos principais jornais do país.
No dia seguinte ao ataque do presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral brasileiro, o governo dos Estados Unidos afirmou nesta terça-feira, 19, que as eleições brasileiras servem como modelo para o mundo e disse confiar que o resultado vai refletir o desejo do eleitor. Como o jornal O Estado de S. Paulo antecipou, o governo Joe Biden preparava uma resposta à ofensiva diplomática de Bolsonaro, que reuniu cerca de 70 diplomatas na véspera para minar a confiança no sistema de votação adotado no país, sem que nenhuma fraude nas urnas eletrônicas tenha sido comprovada na história, diferentemente do que o presidente afirma.
“As eleições brasileiras conduzidas e testadas ao longo do tempo pelo sistema eleitoral e instituições democráticas servem como modelo para as nações do hemisfério e do mundo”, diz a nota divulgada pelos Estados Unidos.
Um grupo de procuradores federais entrou com uma representação para que o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras instaure investigação para apurar a fala do presidente Bolsonaro. Juristas ouvidos pelo jornal O Globo avaliam que o chefe do Executivo cometeu crimes de responsabilidade, improbidade e eleitorais.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu uma série de crimes na apresentação feita a embaixadores em Brasília nesta segunda-feira (18). Ao atacar novamente o sistema eleitoral, falando à rede estatal e usando as redes sociais para compartilhar suas declarações no Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo teria cometido abuso de poder, previsto pela lei complementar 64, de 1990, conhecida como lei das inelegibilidades. (Folha de S. Paulo)
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Reportagem do Valor Econômico destaca que superar o CDI, referência de juros de curto prazo, é mais do que esperado quando se investe em títulos públicos atrelados à inflação, que costumam ter mais volatilidade e, portanto, maior potencial de retorno. Mas, no Brasil da última década, esse tipo de exposição só foi vantajosa para quem ficou em uma cesta de ativos com vencimento em até cinco anos. Acima disso, sobraram volatilidades equivalentes às da bolsa e com retornos sensivelmente menores do que o posicionamento mais conservador. É o que mostra estudo da gestora Sparta publicado pelo Valor.