A CPFL Energia desistiu de participar do leilão de privatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica-Geração (CEEE-G). O certame está previsto para ocorrer no dia 29 deste mês, na B3, em São Paulo, por um valor mínimo de R$ 837 milhões.
“A CPFL Energia informa que não tem a intenção de participar do leilão de privatização da CEEE-G. A empresa avaliará o seu direito de preferência em adquirir os ativos em que tem participação conjunta com a CEEE-G”, disse a empresa, em nota.
O Valor Econômico informa que a área de geração é a última parte da estatal CEEE a ser privatizada, pois o governo já alienou a distribuição (CEEE-D) e a transmissão (CEEE-T). O leilão está sendo estruturado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e é uma continuidade do processo de desestatização da companhia, que é responsável por 1.270,7 MW de potência outorgada, cerca de 13,3% do total do Estado do Rio Grande do Sul.
PANORAMA DA MÍDIA
O controle do Orçamento brasileiro por parlamentares é o principal destaque da edição deste domingo (24/07) do jornal O Globo. De acordo com a reportagem, o poder do Congresso Nacional sobre o Orçamento público é sem paralelo e não há registros de instrumentos parecidos com as emendas de relator nos maiores países do mundo. É esta a constatação de especialistas em contas públicas que estudam os sistemas orçamentários ao redor do globo. Eles avaliam que até as emendas tradicionais assumiram uma dimensão no Brasil que não se repete no restante do planeta.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que a busca dos partidos por candidatos a deputado federal passa longe da afinidade ideológica ou programática. A reportagem ressalta que dirigentes das siglas nos estados fazem leilão para atrair nomes com bom potencial e oferecem até dinheiro. O valor do “passe” pode chegar a R$ 1 milhão, fora o que será destinado à campanha. Mesmo candidatos sem chance de vencer, mas com alguma capacidade de atrair votos, estão na mira das legendas.
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As teorias conspiratórias sobre urnas eletrônicas e os ataques contra o sistema eleitoral brasileiro, feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma plateia de embaixadores estrangeiros, consolidaram o enfraquecimento do Itamaraty a poucos meses das eleições, conforme análise da Folha de S. Paulo. O episódio — descrito em reserva por diplomatas como vergonhoso e danoso aos interesses nacionais— também arrastou o Ministério das Relações Exteriores para a campanha de reeleição do presidente.