A EDP Renováveis fechou acordo de € 250 milhões para a aquisição de 70% da empresa alemã Kronos Solar, com uma taxa adicional a ser paga no período de 2023 e 2028, a depender da capacidade de entrega da Kronos. Os fundadores da empresa alemã ficarão com 30% de participação e envolvidos na gestão diária do negócio.
Com mais de 1,4 GW em 80 projetos instalados e um portfólio de 9,4 GW em desenvolvimento na Alemanha (4,5 GW), França (2,7 GW), Países Baixos (1,2 GW) e Reino Unido (0,9 GW), a aquisição da Kronos vai permitir que a empresa expanda sua atuação no continente europeu, criando também oportunidades de desenvolvimento nas áreas de hidrogênio e baterias.
“Estamos muito satisfeitos por termos chegado a este acordo com a Kronos, que nos permitirá iniciar o nosso caminho na Alemanha e na Holanda, dois mercados com elevado potencial para as energias renováveis, e reforçar a nossa posição na França e no Reino Unido. Temos grandes expectativas no que diz respeito, em particular, à Alemanha, já que é um mercado estratégico na Europa, com metas de crescimento reforçadas nas renováveis. Com esta operação, a EDP fortalece ainda mais a sua posição no segmento solar e o seu compromisso com a aceleração da transição energética”, afirmou Miguel Stilwell d’Andrade, CEO da EDP Renováveis.
Além disso, a transação inclui uma call/put option (direito de comprar/vender ações) nos outros 30% de participação minoritária, exercível de 2028 em diante, com o preço da opção a ser definido pelo estado dos projetos renováveis em desenvolvimento da Kronos até o momento.
Balanço da EDP Renováveis 1/2022
A empresa atingiu, ainda, lucro líquido de € 265 milhões no primeiro semestre de 2022, cerca de 87% a mais do que o registrado no mesmo período do ano anterior. Esse valor reflete o desempenho positivo do Ebitda (sigla em inglês para resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que totalizou € 976 milhões, equivalente a um crescimento de 49% na comparação com o primeiro semestre de 2021.
Segundo dados da EDP Renováveis, sua capacidade instalada subiu para 13,8 GW, com 40% do portfólio desenvolvido na Europa e 51% na América do Norte. Nesse segmento, a eólica onshore é responsável por 12,2 GW, enquanto a eólica offshore e a solar fotovoltaica representam 1,5 GW e 1,3 GW, respectivamente. Com relação à capacidade em construção, são 1,8 GW da fonte eólica e 1,3 GW da fonte solar. Além disso, a empresa produziu 17,8 TWh de energia renovável durante o primeiro semestre desse ano, um crescimento de 16% em relação ao primeiro semestre de 2021.
“Apesar da complexidade do contexto atual, continuamos a cumprir o roadmap definido no nosso plano estratégico 2021-25. Os sólidos resultados operacionais registados no primeiro semestre deste ano, com o crescimento da nossa capacidade instalada, bem como a capacidade recorde em construção, são um verdadeiro reflexo da resiliência e força da empresa”, disse d’Andrade.