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AES Brasil adquire ativos de complexos eólicos por R$ 2,03 bilhões – Edição da Manhã

A AES Brasil comunicou ao mercado na noite de ontem (08/08) que assinou contrato de aquisição das sociedades de propósito específico (SPEs) que compõem os complexos eólicos Ventos do Araripe, Caetés e Cassino. A operação, avaliada em R$ 2,03 bilhões, será realizada junto à Cubico Brasil, empresa de infraestrutura de energia renovável. Do total, R$ 1,1 bilhão correspondem à avaliação dos ativos, enquanto R$ 928 milhões são referentes à dívida líquida com data base de 30 de junho.

O Valor Econômico informa que a Ventos do Araripe, localizada no Píauí, possui sete SPEs e capacidade instalada de 210 megawatts médios (MWm). A Caetés, em Pernambuco, também é formada por sete sociedades de propósito específico, enquanto a capacidade instalada prevista no leilão é de 181,9 megawatts médios. Já o complexo eólico Cassino está localizado no Rio Grande do Sul, é composto por três SPEs e possui capacidade instalada de 64 MWm.

Energia e combustível já são segundo maior gasto das famílias, revela pesquisa

Os gastos dos brasileiros com energia elétrica e combustível já ocupam a segunda colocação em um ranking que mostra o nível de preocupação dos consumidores em relação às contas que mais pesam no orçamento doméstico.

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Pagar a conta de energia e combustível é um dos maiores desafios dos brasileiros, segundo pesquisa inédita da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace) com o instituto Ipespe, antecipada ao jornal O Globo. Esse gasto, de acordo com o levantamento, perde apenas para a alimentação.

Para 94% dos entrevistados, os preços dos produtos relacionados ao setor energético estão impactando mais o orçamento neste início de semestre, na comparação ao início do ano. Além disso, para nove em cada dez entrevistados, a conta de energia está pesando mais no bolso agora do que há 5 anos.

Hidrogênio verde pode puxar retomada de investimentos na indústria química no Brasil

O jornal O Estado de S. Paulo traz uma reportagem sobre a petroquímica Unigel e a substituição do hidrogênio cinza, proveniente de fontes fósseis, por hidrogênio verde. A reportagem ressalta que o insumo pode impactar mais do que na redução das emissões dos gases de efeito estufa: pode ser a base para a retomada dos investimentos da indústria química no Brasil e, ainda, na redução do déficit da balança comercial do setor.

Depois de anos sem grandes investimentos no setor, a Unigel anunciou recentemente a construção de uma fábrica de hidrogênio verde no polo industrial de Camaçari (BA). Com investimento inicial de US$ 120 milhões, a unidade deve ser a maior do mundo e ficará ao lado de outras duas fábricas que produzem amônia e estirênico. A fábrica deve entrar em operação no fim de 2023, com a produção de 10 mil toneladas de hidrogênio verde por ano. Parte dessa produção será convertida em 60 mil toneladas de amônia verde ao ano.

“Por muito tempo houve hiato de investimento na indústria química no Brasil”, diz Roberto Noronha, presidente da Unigel. “Estamos apostando no País com novos investimentos e temos a certeza que isso contribuirá para a redução do déficit da balança comercial do setor.”

O déficit comercial da balança de produtos químicos no Brasil é crescente, segundo Noronha, por dois motivos: a falta de investimentos locais e a dependência de fertilizantes importados. “Com a produção de hidrogênio verde, nossa ideia é ampliar a produção de amônia verde no Brasil e, consequentemente, fertilizantes verdes”, diz ele.

Aprovação de pacote climático nos Estados Unidos abre corrida por energia renovável

O pacote climático aprovado pelo Senado dos Estados Unidos no domingo liberará cerca de US$ 400 bilhões em financiamento para fontes de energia limpa e acelerará uma mudança histórica na forma como a energia do mundo é gerada. Junto a uma iniciativa paralela na Europa, o projeto de lei pode desencadear investimentos privados que chegam aos trilhões de dólares.

Fontes de energia renovável, como painéis solares se tornaram partes fundamentais da geração de eletricidade nos EUA. As turbinas eólicas agora produzem mais energia nos EUA do que tudo que o país usava em 1950. Os veículos elétricos representam 5% das vendas de carros novos no país. As energias renováveis aumentaram sua participação na geração global de energia para 29% em 2020, de 20% em 2010.

O pacote climático nos EUA, que deve ser aprovado na Câmara ainda nesta semana, e um plano da União Europeia (UE) chamado RepowerEU vão injetar mais de meio trilhão de dólares em subsídios no mercado, e remover grande parte do risco de financiamento associado à construção de grandes projetos de energia renovável. A reportagem, da agência Dow Jones, foi traduzida e publicada pelo Valor Econômico.

Bunge e BP vão vender ativos na área de cana

O Valor Econômico informa que a americana Bunge e a petroleira britânica BP colocaram à venda a BP Bunge Bionergia, joint venture criada pelas duas companhias em 2019 para a produção de açúcar e etanol. Com 11 usinas e capacidade de moagem de 33 milhões de toneladas de cana por safra, o negócio atraiu o interesse do Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi (Emirados Árabes), e da gigante Raízen, sociedade entre o Grupo Cosan e a Shell. O banco J.P. Morgan foi contratado para assessorar a venda da companhia, cujos ativos são avaliados entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões.

PANORAMA DA MÍDIA

O Ministério da Economia está desenhando um modelo de meta para a dívida pública com banda de flutuação para cima ou para baixo, inspirado no sistema de metas de inflação adotado há 23 anos pelo Banco Central (BC) para definir a política de juros. Uma das propostas testadas é um alvo para a dívida entre 60% e 70% do Produto Interno Bruto (PIB), com margem de tolerância de cinco pontos porcentuais para mais ou para menos, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

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Investimentos nos estados triplicam no primeiro semestre, informa o Valor Econômico. Impulsionados pelo calendário eleitoral e com um cenário fiscal favorecido por uma sequência de fatores extraordinários ao longo do mandato, os atuais governadores quase triplicaram os investimentos em termos reais na primeira metade deste ano. Os 26 estados e o Distrito Federal investiram, no total, R$ 31,4 bilhões de janeiro a junho. Em igual período do ano passado foram R$ 11,8 bilhões e, em 2018, também ano de eleições, R$ 13,48 bilhões, em valores atualizados pelo IPCA, o índice oficial da inflação no país. As receitas correntes, que incluem arrecadação e transferências constitucionais da União, cresceram 7,3% em termos reais no primeiro semestre, em relação a igual período de 2021, e 21,7% na compara com 2018.

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O principal destaque da edição desta terça-feira (09/08) da Folha de S. Paulo é o encontro do presidente Jair Bolsonaro com representantes de grandes bancos, realizado ontem. De acordo com a reportagem, o presidente voltou a atacar o manifesto em defesa da democracia, que deve ser lido na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, amanhã. Dirigindo-se a banqueiros, o presidente afirmou: “Vocês têm que olhar na minha cara, ver as minhas ações, e me julgar por aí”. “Não vou assinar cartinha”, acrescentou. O chefe do Executivo participou de encontro com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), em São Paulo.

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Reportagem do jornal O Globo indica que um em cada quatro brasileiros não tem dinheiro suficiente para pagar todas as contas e sobram dívidas. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que aponta ainda que, com o orçamento apertado, mais da metade dos entrevistados reduziram as despesas com lazer, deixaram de comprar roupas ou desistiram de viajar.