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Alupar vê renováveis a partir de R$ 200/MWh e falta de epecistas no mercado 

Alupar vê renováveis a partir de R$ 200/MWh e falta de epecistas no mercado 

(com Camila Maia)

O aumento dos custos de materiais e construção de projetos de geração das fontes eólica e solar fotovoltaica está tendo reflexos nos contratos de compra de energia (PPA, na sigla em inglês), levando os preços ao patamar de R$ 200/MWh, afirmou José Luis Godoy, CFO da Alupar, em teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre do ano.

“Acho muito pouco provável conseguir fazer preços abaixo disso, mas depende das premissas de geração que cada um adota, principalmente na eólica”, afirmou o executivo, durante a teleconferência.

Godoy lembrou que um banco recentemente publicou relatório afirmando que as eólicas estavam gerando menos que o esperado, mas a isso, ele relaciona que as premissas do mercado eram muito otimistas. “Nós não fomos tão otimistas assim. É uma questão de tempo e o mercado vai estar se ajustando”, completou.

O executivo também comentou o mercado de epecistas, jargão que faz referência à sigla em inglês EPC, para empresas que fazem a construção, a compra de equipamentos e a montagem dos empreendimentos. “A pandemia agravou muito a situação de prestadores de serviços, empresas EPC, o que fez com que o Brasil tenha pouca opção” disse Godoy.

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Com a falta desse tipo de empreiteira, Godoy vê uma tendência de alta nos custos, ou a abertura de contratos em alguns casos.

“Nós mesmos tivemos que substituir mais de cinco fornecedores por não estarem performando de forma adequada e vai impactar ainda mais os projetos”, disse o executivo.