Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da Engie Brasil, Maurício Bähr, informa que a estratégia de crescimento da companhia para aumentar o portfólio de geração e novas tecnologias a partir de fontes renováveis passa pelo Brasil. A empresa planeja investir R$ 10 bilhões nos próximos dois anos, dos quais R$ 3 bilhões de capital próprio, para incrementar ao portfólio cerca de 1.500 MW de capacidade instalada, além de outros projetos. A meta no Brasil visa atender ao objetivo global de crescer apostando em renováveis.
A empresa tem hoje pouco mais de 100 gigawatts (GW) de capacidade instalada. Do total, 36 GW são provenientes de fontes renováveis, sendo o Brasil responsável por 10 GW. O executivo diz, ainda, que até 2025, a Engie quer atingir 50 GW em renováveis no mundo, e em 2030 chegar a 80 GW. Isso significa entrar em um ritmo de crescimento de novas capacidades adicionando 4 GW por ano até 2025; depois saltar para 6 GW por ano em 2026. Tudo isso paralelo ao plano de descarbonização.
“O Brasil é carro-chefe dessa expansão, sendo um dos países com uma das matrizes mais limpas do planeta. Temos uma evolução forte na parte regulatória, já que antes eram necessários leilões para que as usinas saíssem do papel. Hoje, a abertura do mercado e os consumidores podendo comprar energia direto dos geradores têm alavancado as oportunidades”.
França deixa de ser a principal exportadora de energia para a Europa
A França deixou de ser a principal exportadora de energia para a Europa, posto que agora é da Suécia. A queda da produção francesa se deu por conta de problemas em suas usinas nucleares, que sofrem com a falta de manutenção e com as altas temperaturas das águas dos rios do país, que estão afetando o sistema de resfriamento dos reatores.
Segundo levantamento da empresa especializada no mercado de energia Enappsys, em 2022, a França passou a importar energia no primeiro semestre deste ano. A Suécia, em contraste, subiu ao topo da tabela, tornando-se a maior exportadora de energia da região, com a maior parte de suas exportações de eletricidade sendo fornecidas para a Finlândia e a Dinamarca. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
A Folha de S. Paulo traz hoje (11/08) uma série de reportagens a respeito da articulação de diversos setores da sociedade civil em torno da carta em defesa da democracia que será lida nesta manhã, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O documento, que começou com a assinatura de 3.000 pessoas, entre banqueiros, empresários, juristas, atores, entre outros setores, tem acumulado adesões desde que foi aberto ao público no dia 26 de julho e já passa das 800 mil assinaturas.
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O jornal O Globo traz, como principal destaque da edição de hoje (11/08), a informação de que o Youtube tirou do ar, ontem, o discurso do presidente Jair Bolsonaro, realizado no mês passado, no Palácio da Alvorada, com embaixadores, em que o presidente difundiu informações falsas a respeito do sistema eleitoral brasileiro.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que a coalizão Unidos pelo Brasil, que reúne pesquisadores e associações do setor produtivo, lança nesta quinta-feira (11/08), uma agenda de pautas prioritárias para o próximo Congresso, com foco em modernização do setor público, sustentabilidade ambiental, crescimento econômico e justiça social.
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Reportagem do Valor Econômico indica que o caos logístico provocado pela pandemia de covid-19 não terminou, porém há sinais de melhora. Segundo especialistas e empresas, os fretes continuam elevados, mas problemas como a falta de contêineres e atrasos nas escalas dos navios se atenuaram nas últimas semanas na costa brasileira – mesmo em meio ao pico da temporada do comércio global. “A logística começa a voltar à normalidade”, afirma Leandro Barreto, sócio da consultoria Solve Shipping. De acordo com ele, o cancelamento de viagens caiu muito e as rotas estão voltando à programação regular.